Ingredientes:
3 colheres (sopa) de farinha de mandioca
30 g de rapadura
100 g de requeijão escuro
- Da roça:
- No distrito de Jacurutu, experientes quitandeiras e doceiras preparam, em seus tachos e fornos a lenha, o que a culinária local tem de melhor. Não faltam rapaduras, cocadas, biscoitos e broas apetitosas.
- Contato:Noêmia Ferreira(38) 9955-0832
Modo de Preparo:
Picar o requeijão e a rapadura em lascas. Misturar todos os ingredientes em um prato e servir.
Terra abençoada
Falar em requeijão de Salinas é muito mais que atribuir origem a um produto. A denominação vai além. É como falar em determinada categoria de requeijão, além de dar uma espécie de certificado de origem à iguaria. Tal qual a cachaça, as barras de requeijão escuro fazem a fama da cidade nos quatro cantos do estado e até do país. Assim como a cachaça, a iguaria é fruto de um processo de longa data, herdado de várias gerações.Um dos requeijões mais celebrados no mercado de Salinas é feito no distrito de Jacurutu. O sabor é tão encantador que muitos o apelidaram de "requeijão havana", em referência à emblemática cachaça artesanal da cidade. Produzida pelo casal Jorge dos Santos e Júlia Marques Santos, a iguaria é fruto de trabalho cuidadoso e de muita persistência. "Fazer requeijão é uma luta", conta Jorge, enquanto mostra como ocorre o demorado processo de fabricação.
O ofício foi ensinado ao casal pelo pai de Júlia, de quem herdou também uma forma interessante de consumir a iguaria. A farofa de requeijão, como ficou apelidado o prato improvisado, combina o produto, rapadura e farinha. O resultado é uma aliada ao corpo quando força e disposição se fazem necessárias. "Meu pai levava para a roça e ficava o dia inteiro sem comer mais nada", conta Júlia. A receita simples dá aos visitantes energia para descobrir novos sabores.