Jornal Estado de Minas

ENTREVISTA

Fuad diz que, sem subsídio, tarifa do ônibus poderia chegar a R$ 8

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), afirmou que o subsídio de R$ 500 milhões para as empresas de ônibus é uma maneira de complementar a defasagem da tarifa, que não tem reajuste efetivo desde 2018. Em entrevista ao programa “EM Minas”, transmitida pela TV Alterosa nesse sábado (23/9), em parceria com o Estado de Minas e o Portal UAI, Fuad destacou que, sem a medida, a passagem poderia chegar em até R$ 8.





“Em primeiro lugar, tem que se tirar esse nome do subsídio. Na realidade, o que nós estamos fazendo é uma complementação de passagem. Se eu não fizesse essa complementação, a passagem tinha que ser R$ 7 ou R$ 8. Nós estamos mantendo ainda a R$ 4,50, e a prefeitura complementa esse custo”, disse o prefeito.
 
O tema foi o grande assunto em BH durante o segundo semestre, quando a Câmara Municipal e seu presidente, Gabriel Azevedo (Sem partido), entraram em uma cruzada para reduzir o preço da tarifa que havia sido elevada para R$ 6. Em contrapartida ao subsídio milionário aprovado pelos vereadores, ficou acordado que as empresas deveriam cumprir uma série de determinações, como aumentar o número de viagens e cumprir o quadro de horários.
 
 
Para atender às determinações da Lei aprovada, as empresas ainda precisam adquirir novos ônibus para aumentar a frota. “O que foi combinado, e está no decreto, foi que nós tínhamos esse segundo semestre de 2023 para nos ajustar e adaptar. As empresas precisam comprar 400 ônibus, 500 ônibus. O ônibus não está na prateleira para vender, tem que mandar fazer e costuma demorar. Estamos fazendo uma transição até o fim do ano, e nós esperamos que, ao fim do ano, essa coisa toda tenha sido resolvida”, disse.




 


Fuad afirma que a expectativa é ter um sistema melhorado em 2024, mas destaca que não sabe se a tarifa poderá ser mantida em R$ 4,50. 

“Nós estamos prevendo no ano que vem, novamente no orçamento, uma complementação de passagem. Temos que avaliar como é que foi esse semestre, porque é um grande projeto piloto de funcionamento. Nós vamos ver os custos que estão correndo, a capacidade da Prefeitura de pagar, como é que a tarifa se posiciona e aí vamos tomar uma decisão. O orçamento já prevê, mas ainda não sabemos se será o suficiente”, completa.
 


O programa “EM Minas” é transmitido para todo o estado pela TV Alterosa às 19h30 de sábado. Cada episódio é dividido em três blocos, sendo dois transmitidos na televisão e um terceiro bloco exclusivo no YouTube do Portal Uai, onde todos os programas poderão ser vistos na íntegra. 

Aos domingos, a entrevista completa estará disponível no portal e no jornal impresso do Estado de Minas. O público também pode conferir matérias com os principais destaques no portal do EM e do Uai.