Jornal Estado de Minas

FEIRA DO AGRONEGOCIO

Motociata e Cavalgada; veja como Bolsonaro chegou a Agrishow em 2022

A Agrishow, maior feira do agronegócio da América Latina, contou com a presença de Jair Bolsonaro (PL) na abertura da sua 27° edição, em 2022. O ex-presidente havia chegado no local a cavalo junto de outros apoiadores, incluindo Ricardo Salles e Tarcísio de Freitas - o último na época era pré-candidato ao governo de São Paulo.  

Em Ribeirão Preto (SP), Bolsonaro também fez uma motociata. De autoridades que integravam seu governo, o ex-presidente estava acompanhado do então ministro da agricultura, Marcos Montes, e do ministro do meio ambiente, Joaquim Leite.





Durante o evento, o ex-presidente chegou a discursar atacando as urnas eletrônicas e deu “dica” de como escolher parlamentares. "Com as eleições durante o corrente ano, vocês se perguntam 'em quem eu vou votar?' Eu digo. O problema é de vocês, mas vou dar uma dica, no caso de deputado federal e senador. Veja como ele votou a PEC do voto impresso”, disse.

Durante seu mandato, Bolsonaro foi figura marcada na Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), discursando também na edição de 2019, a última antes da pandemia. No evento em Ribeirão Preto (SP), o ex-presidente encontrou um local para dialogar com a base dos seus apoiadores do agronegócio.

Como era costume em 2022, Bolsonaro fez uma motociata até o evento em Ribeirão Preto (SP) (foto: Isac Nóbrega/PR - 25/04/2022)

Agrishow 2023

Nesta edição de 2023, a Agrishow entrou em polêmica ao 'desconvidar' a participação do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), na abertura do evento programado para esta segunda-feira (1º/5).





O 'desconvite' ao integrante do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocorreu depois de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmar presença na abertura. O convite ao ex-presidente teria partido do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas.

Fávaro afirmou ao blog da jornalista Andréia Sadi, no g1, que a organização da Agrishow queria constrangê-lo politicamente, ao adiar a sua participação para um dia depois da de Bolsonaro. "Eles não desceram do palanque", disse o ministro ao blog. 

A situação fez com que o Banco do Brasil retirasse o patrocínio do evento. A medida ocorre por ordem da Secretaria de Comunicação Social. O atual ministro-chefe da pasta, Paulo Pimenta, alegou em entrevista à GloboNews que o evento vai se tornar um palanque político para Bolsonaro.