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Estado de Minas PRONUNCIAMENTO

Mourão: 'Mudaremos de governo, mas não de regime'

Mourão ainda afirmou que o silêncio e a inação de lideranças políticas frente aos pedidos dos apoiadores ajudaram a criar um clima caótico


31/12/2022 23:00 - atualizado 31/12/2022 23:08

O presidente em exercício Hamilton Mourão (Republicanos) afirmou que o governo vai mudar, mas que o país seguirá no regime democrático. Desde a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de outubro, apoiadores inconformados com a derrota têm acampado na porta de quartéis pelo Brasil pedindo um golpe militar.

"Destaco que a partir do dia 1º de janeiro de 2023 mudaremos de governo, mas não de regime. Manteremos nosso caráter democrático, com poderes equilibrados e harmônicos, alternância política pelo sufrágio universal, pessoal, intransferível, secreto, buscando sempre a maior transparência e confiabilidade”, afirmou Mourão em pronunciamento realizado neste sábado (31/12).

O parlamentar reforçou que tanto o novo governo quanto a oposição devem prezar pela democracia. E apontou que os políticos devem fiscalizar toda e qualquer tentativa de abandono do perfil democrático e plural.

Hamilton Mourão
Hamilton Mourão (Republicanos) realizou o último pronunciamento do governo Bolsonaro neste sábado (foto: Reprodução)
Mourão ressaltou, sem citar o nome de Bolsonaro, que o silêncio e a inação de lideranças políticas frente aos pedidos dos apoiadores ajudaram a criar um clima caótico e desarmonioso na sociedade.

"Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social", lamentou.
 

Presidência

 
Mourão fez o pronunciamento no lugar do presidente Jair Bolsonaro (PL), que deixou o Brasil e vai passar o Réveillon em Orlando, cidade da Flórida, nos Estados Unidos.

A ação de Bolsonaro faz parte de seu recolhimento após o resultado da eleição presidencial de 2022, em outubro. Ele não foi reeleito e perdeu para Lula (PT), que teve 50,90% dos votos válidos e toma posse como presidente da República neste domingo (1º/1). O novo vice-presidente será Geraldo Alckmin (PSB).

Desde que foi derrotado, Bolsonaro evitou aparições e outros atos públicos. Nessa sexta-feira (30/12), o ainda presidente fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais e disse que buscou uma saída da Presidência da República que respeitasse a Constituição Federal.

"Está prevista a posse dia primeiro de janeiro. Eu busquei dentro das quatro linhas, dentro das leis, respeitando a Constituição, uma saída para isso aí. Se tinha uma alternativa para isso, se a gente podia questionar alguma coisa, tudo dentro das quatro linhas. Eu sei que muita gente me critica quando eu falo quatro linhas da Constituição. Eu não saí, em quatro anos de mandato meu, das quatro linhas. Ou vivemos em uma democracia ou não vivemos", afirmou na live.

Mourão


Eleito vice-presidente em 2018 na chapa com Bolsonaro, Mourão disputou o Senado em 2022 e venceu. Ele teve 44,11% dos votos válidos - 2.593.294 votos e será senador pelos próximos oito anos. 


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