Jornal Estado de Minas

DEBATE NA GLOBO

Com acusações e ofensas, debate é marcado por direitos de resposta

A troca de acusações e ofensas pessoais marcaram o último debate entre presidenciáveis antes do primeiro turno das eleições, transmitido pela Globo na quinta-feira (29/9). O clima acirrado resultou em 18 pedidos de direito de resposta dos candidatos. Destes, 10 foram concedidos pela organização do programa.





Antes do início do debate, William Bonner, que atuou como mediador, informou que ataques que ferissem a honra dos participantes seriam passíveis de direito de resposta quando solicitados. Já no primeiro bloco, foram 10 solicitações, seis delas atendidas.
 
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Jair Bolsonaro (PL) foi quem mais solicitou a oportunidade de defesa. Ele acionou a direção do programa 9 vezes e foi atendido em 4 oportunidades. Em um dos pedidos negados, o presidente foi repreendido por Bonner, já que sequer havia sido citado durante o embate entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  e Padre Kelmon (PTB).
 
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Lula teve quatro solicitações aceitas e uma negada. Soraya Thronicke teve um pedido concedido e outro rejeitado. Padre Kelmon (PTB) e Simone Tebet (MDB) só reivindicaram o direito de resposta uma vez, tendo o dele sido aprovado e o dela não.




 
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Mediação conturbada

A condução do debate foi complicada para William Bonner. Além dos 18 pedidos de direito de resposta, o debate foi marcado por candidatos desrespeitando as regras, interrompendo outros participantes e falando fora do tempo determinado.
 
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Bonner interrompeu a sequência das perguntas diversas vezes e chegou a pedir para que os candidatos “em respeito ao público, mantenham o nível de tranquilidade para um ambiente democrático que nós pretendemos que seja esse debate”. 

O presidente Jair Bolsonaro foi repreendido pelo jornalista enquanto tentava falar fora de seu tempo determinado. Sua voz foi ouvida mesmo enquanto o microfone estava fechado. Padre Kelmon repetiu o comportamento e interrompeu Soraya Thronicke quando a candidata o chamou de “cabo eleitoral” do presidente. A candidata teve seu tempo de resposta restituído por conta da intervenção.




 
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Durante o embate entre Lula e Kelmon, antes das respostas do petista, Bonner alertou o padre para que ele respeitasse o tempo de fala do adversário, o que não foi seguido. O jornalista advertiu o candidato ao fim do confronto: "o senhor realmente decidiu instituir uma regra nesse debate. Ela não existia. Pedi ao senhor diversas vezes. Peço apenas que o senhor aguarde a conclusão da fala do seu oponente e retorne ao seu lugar”.  
 

O "Beabá da Política"

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