Lula na CNN: 'Eu sou culpado de ser inocente'

O candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), declarou, em entrevista à CNN nesta segunda-feira (12/9), que é “culpado de ser inocente”. O ex-presidente participou do quadro “WW Especial: Presidenciáveis” e apontou que não se arrepende das indicações que fez ao Supremo Tribunal Federal (STF). A corte anulou condenações do petista na Justiça. 

 

“Deixa eu te contar uma história fantástica: pela primeira vez na história do Brasil, eu sou culpado por ser inocente”, disse Lula, em entrevista com o jornalista William Waack. 

“Eu disse o tempo inteiro que tinha um juiz mentindo, que tinha um grupo-tarefa do Ministério Público que induziu a sociedade e a imprensa brasileira a venderem as mentiras que eles contavam como se fosse verdade. Tive que provar na Justiça a minha inocência e a culpa deles, porque fomos nós que provamos toda maracutaia e falcatrua que foram feitas”, completou.

O partido do ex-presidente, o PT, indicou sete dos dez ministros do STF: Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Dias Toffoli foram indicados por ele mesmo. Enquanto Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Luiz Edson Fachin por Dilma Rousseff. 

Segundo ele, não se arrepende de tê-los indicado porque é preciso continuar acreditando na Justiça brasileira. “Teve juiz na Suprema Corte que evitou que eu fosse ministro, ao mesmo tempo essa gente me absolveu. O que vou fazer a não ser a gente dizer que precisamos continuar acreditando na Justiça, porque se pararmos de continuar acreditando na Justiça precisamos saber que há alguma coisa que não está funcionando no Brasil”, afirmou.

A entrevista é uma série da CNN com candidatos à Presidência da República no “WW Especial: Presidenciáveis”. 

Simone Tebet (MDB), Luiz Felipe D’Avila (Novo), Ciro Gomes (PDT) e Soraya Thronicke (União Brasil) já foram ouvidos, entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro.

A conversa foi conduzida pelo jornalista William Waack e transmitida na TV, no site do canal e nos perfis da emissora nas plataformas digitais, incluindo YouTube.  

 

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