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Discurso de ódio: Moraes dá 48h para Bolsonaro, que diz: 'sou contra'

O presidente Jair Bolsonaro (PL) debochou do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (15/7). Via redes sociais, ele respondeu ao pedido do magistrado de se manifestar a respeito de uma representação movida por partidos de oposição que tentam impedir que ele promova discursos de ódio.





A ação foi movida após o ato de violência contra um guarda municipal petista, morto no  sábado (09/7), em Foz do Iguaçu, no Paraná, após ser baleado por um agente penitenciário federal apoiador de Bolsonaro.
 
O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), confirmou que iria ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para responsabilizar o presidente por incitar a violência. 
 
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Com isso, foi solicitado que a cada incitação, Bolsonaro deveria pagar uma multa de R$ 100 mil. E também que condene de forma “clara e inequívoca” em redes sociais e canais de comunicação todos os tipos de discriminação e violência política, a começar pelo homicídio de Arruda, sob pena de multa diária individual de R$ 1 milhão de reais.
 
 
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Conforme descreveu no despacho, Moraes deu 48 horas para que o presidente pudesse se manifestar. O chefe do Executivo, no entanto, debochou nas redes sociais: “Manifesto que sou contra”.



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Na live desta sexta-feira (15/7), ele também comentou sobre o caso. “Parece que faz para mostrar: ‘Olha, eu sou togado, você vai fazer o que eu quero, senão minha caneta está aqui’”, apontou. 
 
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“Essas questões aqui levam a conflitos entre Poderes. Daqui a pouco vão falar que eu estou atacando o STF. Isso aqui é um ataque, me permitam, isso é uma covardia”, completou.




 

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