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Estado de Minas PANDEMIA

CPI da COVID: Luana Araújo culpa polarização pelo veto na Secretaria

Médica infectologista disse nesta quarta-feira (2/6) que, ao tentar formar equipe técnica, pessoas qualificadas se recusaram a compor a Secretaria


02/06/2021 11:02 - atualizado 02/06/2021 11:44

A médica infectologista, Luana Araújo, que coordenou a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à COVID-19 do Ministério da Saúde por apenas dez dias, culpou a polarização pela dificuldade de encontrar pessoas qualificadas para compor a equipe técnica. Araújo é a 13ª depoente na CPI da COVID, que fala nesta quarta-feira (2/6) sobre seu trabalho diante do convite feito pelo ministro Marcelo Queiroga.

Questionada se havia encontrado algum tipo de resistência interna no Ministério da Saúde, ela afirmou que no período que esteve no cargo extraoficialmente, seu objetivo era antecipar problemas e todos estavam de acordo. Ela explicou que tentou encontrar pessoas técnicas dentro e fora do órgão para compor a equipe, mas encontrou dificuldades. “Infelizmente, por tudo que vem acontecendo, por essa polarização esdrúxula, essa politização incabível, os maiores talentos que a gente tem para trabalhar dentro dessas áreas, não estavam exatamente à disposição para trabalhar nesta secretaria”, ressaltou.

“Isso é muito importante que seja dito porque nós temos cérebros que são incríveis dentro deste país. Abri mão de muitas coisas pela chance de ajudar meu país, não precisava ter feito isso, mas fiz e tô aqui agora. Os senhores acham que as pessoas, de fato, que têm interesse de ajudar o país e competentes a fazer isso, neste momento se sentem muito compelidas a aceitar esse desafio? Não se sentem, então infelizmente a gente está perdendo”, acrescentou.

Médica infectologista Luana Araújo depõe na CPI da COVID nesta quarta-feira (2/6)(foto: Reprodução/TV Senado)
Médica infectologista Luana Araújo depõe na CPI da COVID nesta quarta-feira (2/6) (foto: Reprodução/TV Senado)
Luana Araújo é crítica do tratamento precoce contra o coronavírus e foi indicada para assumir o cargo na secretaria especial de combate à pandemia em 12 de maio deste ano, mas deixou o posto 10 dias depois, em 22 do mesmo mês, antes mesmo de ser nomeada oficialmente. O depoimento da ex-secretária do Ministério da Saúde atende a um requerimento do senador Humberto Costa (PT-PE).

O parlamentar afirma que Araújo foi demitida após ordem do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). O cargo de secretária Extraordinária de Enfrentamento à COVID-19 foi criado com a chegada de Luana Araújo. Desde que ela foi exonerada, não houve um substituto.

A CPI da COVID apura possíveis ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia do coronavírus e repasses de verbas a estados e municípios. A comissão foi instalada em 27 de abril deste ano.


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