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Economista prevê graves consequências sem aprovação das reformas

''O risco é que, para manter a popularidade, o governo adote medidas irresponsáveis sob o prisma fiscal'', alerta Gil Castello Branco


05/01/2021 04:00 - atualizado 05/01/2021 07:47

O economista Gil castelo Branco lembra que há sete anos o Brasil começa o ano no vermelho(foto: Correio Braziliense/Arquivo)
O economista Gil castelo Branco lembra que há sete anos o Brasil começa o ano no vermelho (foto: Correio Braziliense/Arquivo)

Brasília – Para o economista Gil Castello Branco, secretário-geral da Associação Contas Abertas, as reformas não podem fracassar.

“Sem elas, as agências de risco vão rebaixar a nota soberana do Brasil, os investimentos internacionais escassear, os investidores nacionais postergarão aplicações e o início de novos empreendimentos, a curva de juros futuros se acentuará e o valor do dólar, em relação ao real, vai disparar”, alerta.

Gil lembra que, há sete anos, o Brasil começa o ano no vermelho. A dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), que era de 56,28% em 2014, deverá chegar a 93,06% no fechamento de 2020. Em 2024 atingirá 100,90%, conforme previsões da Instituição Fiscal Independente (IFI).

O resultado primário deverá ser negativo até, pelo menos, 2030. Em cenário otimista, o Brasil voltaria a equilibrar as suas contas a partir de 2026, estima.

“Por isso, entre as propostas, a mais urgente é a PEC Emergencial, que cria gatilhos para a redução das despesas obrigatórias, suspende benefícios tributários e reduz salários e jornada quando a economia estiver em crise, o que está acontecendo. O ano de 2021 será o terceiro consecutivo no qual a União precisa se endividar para pagar despesas de custeio, o que fere a regra de ouro”, enfatiza Gil.

Ele diz que a PEC Emergencial (PEC 186/19) tem efeitos colaterais, mas é necessária para “tirar a economia brasileira da UTI”. Mas, reconhece que a pandemia de covid-19 e o ano eleitoral foram barreiras adicionais à aprovação das reformas e das PECs, e causou instabilidade.

Os agentes econômicos, afirma Gil, estão em dúvida se o governo vai trilhar o caminho da austeridade e da responsabilidade fiscal ou se adotará medidas populistas para pavimentar a reeleição.

“A equipe econômica é liberal, mas o presidente não. O risco é que, para manter a popularidade, o governo adote medidas irresponsáveis sob o prisma fiscal. E, caso as PECs e as reformas não avancem, a situação fiscal se agravará”, alerta. 


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