![Moro deixou o governo Bolsonaro em agosto, depois de questionar interferência do presidente do comando da Polícia Federal(foto: Fábio Rodrigues/Agência Brasil) Moro deixou o governo Bolsonaro em agosto, depois de questionar interferência do presidente do comando da Polícia Federal(foto: Fábio Rodrigues/Agência Brasil)](https://i.em.com.br/OjmINLADvie1N8s-t-I6KblJ0lo=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2020/12/28/1224357/20201228191936678025o.jpg)
Oito meses depois de deixar o governo, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, voltou a criticar o presidente Jair Bolsonaro de forma direta. Em postagem no Twitter nesta segunda-feira (28/12), ele criticou o plano de vacinação divulgado pelo Ministério da Saúde recentemente, inclusive disparando contra o negacionismo de Bolsonaro acerca do imunizante.
"Vários países, inclusive da América Latina, já estão vacinando seus nacionais contra a COVID-19. Onde está a vacina para os brasileiros? Tem previsão?", escreveu Moro, que atualmente exerce a atividade de professor
"Tem presidente em Brasília? Quantas vítimas temos que ter para o Governo abandonar o seu negacionismo?", completou o ex-juiz, que pediu demissão do ministério da Justiça e Segurança Pública após Bolsonaro interferir diretamente no comando da Polícia Federal.
Vários países, inclusive da América Latina, já estão vacinando seus nacionais contra a COVID-19. Onde está a vacina para os brasileiros? Tem previsão? Tem Presidente em Brasília? Quantas vítimas temos que ter para o Governo abandonar o seu negacionismo?
— Sergio Moro (@SF_Moro) December 28, 2020
Enquanto a imunização já teve início em mais de 40 países, o Brasil continua sem uma data específica. O ministro da saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que a imunização em massa começará em meados de fevereiro, ainda que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não tenha liberado nenhuma vacina em solo nacional.
Bolsonaro inclusive cobrou nesta segunda-feira que os laboratórios façam pedidos de registro à Anvisa. No sábado (26/12), o presidente afirmou que "não dava bola" pelo fato de o Brasil estar atrasado na entrega das vacinas.