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Estado de Minas Segundo turno

Em Minas, mais de 1,2 milhão de eleitores voltarão às urnas no dia 29

Candidatos enfrentarão disputa final em quatro grandes colégios eleitorais do estado: Contagem, Juiz de Fora, Governador Valadares e Uberaba


16/11/2020 04:00 - atualizado 16/11/2020 04:01

Favorita, Marília Campos (PT) confirmou, em Contagem, 41,83% dos votos, à frente de Felipe Saliba (DEM)(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press %u2013 23/7/18)
Favorita, Marília Campos (PT) confirmou, em Contagem, 41,83% dos votos, à frente de Felipe Saliba (DEM) (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press %u2013 23/7/18)
A campanha para prefeito em quatro grandes municípios de Minas Gerais será decidida no segundo turno, quando 1.276.952  eleitores deverão voltar às urnas. Em Contagem, na Grande Belo Horizonte; Juiz de Fora, na zona da Mata mineira; Governador Valadares, no Leste do estado, e Uberaba, no Triângulo, os candidatos começam nova disputa em busca de votos no dia 29, guiados pela tentativa de reviravolta nos resultados. Das nove cidades com mais de 200 mil eleitores no estado que poderiam ter segundo turno, a eleição terminou na capital, em Betim e Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de BH; Montes Claros, no Norte; e Uberlândia, no Triângulo.

Com o segundo maior colégio eleitoral no estado, Contagem terá embate final entre Marília Campos (PT) e Felipe Saliba (DEM). A candidata de esquerda obteve 118.955 votos válidos (41,83%), ante 52.371 de Saliba (18,42%). Apoiado pelo prefeito, Alex Freitas (sem partido), o ortopedista Doutor Wellington ficou em terceiro lugar, com 14,09% dos votos, mas sua candidatura foi impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) devido a irregularidades envolvendo o partido da candidata a vice, Maria José Chiodi (Solidariedade). Dessa forma, os votos serão anulados. O Tribunal Superior Eleitoral registrou 21.985 votos em branco, 35.728 nulos e 85.487 abstenções.

Em Juiz de Fora, a deputada federal Margarida Salomão (PT) levou a melhor sobre Wilson Rezato (PSB) por 39,46% a 22,96%, mas a quantidade foi insuficiente para levá-la à vitória no primeiro turno. A petista teve 102.489 votos, enquanto seu adversário foi o preferido de 59.633 eleitores. Houve, ainda, 12.532 votos brancos e 24.102 nulos, além de 113.983 abstenções.

Ex-professora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Margarida disputa o cargo de chefe do Executivo pela quarta vez. Em todas as eleições, a deputada chegou ao segundo turno. No último pleito, ela teve 42,13% dos votos válidos, em disputa com o ex-prefeito Bruno Siqueira (MDB).

No cenário eleitoral de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, vão ao embate o prefeito e candidato à reeleição André Merlo (PSDB) e Doutor Luciano (PSC). Merlo teve 49.183 votos (38,27% do total), quase o dobro do adversário, que encerrou a disputa de primeiro turno com 24.823 votos (19,32%). Leonardo Monteiro (PT) terminou na terceira posição, com 18.570 votos (14,45%). Além dos 7.504 votos brancos e 9.417 nulos, 68.459 pessoas deixaram de votar.

Em Uberaba, Elisa Araújo (Solidariedade) teve 54.581 votos (36,25%) e disputará o segundo turno, no dia 29, com o ex-deputado estadual Tony Carlos, que terminou com 37.625 (24,99%). Delegado Heli Grilo ficou fora do segundo turno, com 19,09% dos votos. Chama a atenção o alto número de eleitores que abriram mão de votar: 60.050. Foram ainda 5.186 votos brancos e 9.606 nulos.
Margarida Salomão liderou em Juiz de Fora, e disputará com Wilson Rezato, enquanto Elisa Araújo e Tony Carlos vão decidir em Uberaba(foto: Will shutter/Câmara dos Deputados - 7/11/17)
Margarida Salomão liderou em Juiz de Fora, e disputará com Wilson Rezato, enquanto Elisa Araújo e Tony Carlos vão decidir em Uberaba (foto: Will shutter/Câmara dos Deputados - 7/11/17)

Batalha encerrada 
Entre as cidades mineiras que decidiram a eleição em turno único, Montes Claros teve a diferença mais representativa. Humberto Souto (Cidadania) venceu a disputa com 85,24% dos votos (177.592) contra Ruy Muniz, que teve apenas 7,29% (15.184). Em Betim, Vittório Medioli (PSD) foi reeleito com 76,34% dos votos, derrotando Maria do Carmo Lara (PT), que teve 14,41%.

Favorito na disputa em Uberlândia, o prefeito Odelmo Leão (PP) se reelegeu em primeiro turno, com 70,47% dos votos válidos. Esse é o quarto mandato para o qual o político se elege à frente do Executivo local. Odelmo Leão recebeu 228.390 votos,  seguido de Adriano Zago (PDT), que angariou 12,21% dos votos e Thiago Fernandes (PSL), que teve 9,17%. Arquimedes Ciloni (PT) ficou com 5,20%.

Em outro pleito que já se imaginava ter um vencedor no primeiro turno, Junynho Martins (DEM) foi eleito para mais um mandato de quatro anos em Ribeirão das Neves (MG). Ao fim da apuração, Junynho teve 54,23% dos votos. Foram 72.679 votos no total. O candidato derrotou Delei, que ficou em segundo lugar, com 26,41% (35.398 votos).


Prefeito evita as urnas
para se proteger do vírus

Humberto Souto se reelegeu prefeito de Montes Claros com 85,19%, mas não votou(foto: Fábio Marcal/Divulgação %u2013 1/1/17 )
Humberto Souto se reelegeu prefeito de Montes Claros com 85,19%, mas não votou (foto: Fábio Marcal/Divulgação %u2013 1/1/17 )

Com 78,95% dos votos apurados ontem em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, o prefeito Humberto Souto (Cidadania), já considerado reeleito, cravava sua preferência junto ao eleitorado, com 85,19%,  deixando o segundo colocado nas sombras – Ruy Muniz (PP/AVante/Republicanos) tinha modestos 7,21%. Contudo, fato curioso é que o próprio prefeito faltou às urnas para se proteger de aglomerações. Aos 86 anos, ele pertence a grupo de risco de contaminação pelo coronavírus.

Por meio de nota, assessoria de Humberto Souto informou que ele, de fato, não compareceu à sessão eleitoral visando evitar aglomeração. “Como ele vota há muitos anos no mesmo local, havia muita expectativa quanto à sua presença, o que poderia atrair a atenção de muitas pessoas. Como gestor do combate à pandemia, o prefeito achou por bem não correr o risco de provocar aglomeração”, diz a nota.

Na noite de ontem, confirmou ao Estado de Minas que não compareceu à seção eleitoral porque ficou com receio de se expor ao vírus. Desde o início da pandemia, o prefeito da cidade-polo do Norte de Minas tem mantido o isolamento social, trabalhando em casa e participando de reuniões com sua equipe por meio de videoconferência. Ele também fez a campanha eleitoral no sistema home office, usando as redes sociais e o programa eleitoral no rádio e na televisão. Durante toda a campanha, Souto fez algumas gravações externas, sem aglomeração, exibidas em sua propaganda eleitoral. “Vou (me) manter como estou, trabalhando em casa. Não vou participar de nenhuma manifestação.”

 

Seis meses no cargo e reeleito


O prefeito de Varginha, no Sul de Minas Gerais, Vérdi Lúcio Melo (Avante), foi reeleito após ter assumido o Executivo municipal em abril. Ele conquistou 55,87% dos votos válidos e continuará no cargo, ao lado do vice, Leonardo Ciacci (Progressistas). Vérdi Melo administra a cidade de 135 mil habitantes depois da renúncia de Antônio Silva e derrotou outros sete candidatos no pleito, ao obter 36.518 votos pela coligação “Varginha segue em frente”, formada pelo Avante, Progressistas, PTB, Podemos, PMN, PSC, PSD, Pros, PRTB, Solidariedade e MDB. Aos 67 anos, o prefeito reeleito é advogado, contador, vereador por três mandatos (97/2000, 2005/2008, 2009/2012), e também presidente da Câmara Municipal em todos eles.


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