
Guedes, que chegou a ser cortado em sua resposta final, também lançou o argumento da soberania nacional para dizer que a Amazônia é um assunto que diz respeito ao Brasil. “Os militares estão dizendo, obrigado pela preocupação, mas essa é nossa terra. Não precisamos desmatar a Amazônia para produzir produtos agrícolas”, acrescentou.
O Brasil vem sendo pressionado por investidores internacionais e grandes empresas a tocar uma agenda ambiental e enfrentar o desmatamento, uma demanda que também vem de uma sociedade cada vez mais consciente.
Em outro evento, mais cedo, Guedes reclamou de críticas de países europeus à política ambiental do governo de Jair Bolsonaro. “França, Holanda e Bélgica usam desculpa ambiental para impedir Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). É como acusarmos a França de queimar catedrais góticas, foi um acidente”, afirmou, em referência ao incêndio da Catedral de Notre-Dame, em Paris, no ano passado.
Guedes também disse que o Brasil quer se integrar nas cadeias globais e avaliou que os Estados Unidos são um parceiro natural. Ainda assim, o ministro criticou ainda a política econômica americana nas últimas décadas.
“Os EUA e a China têm dançado juntos nos últimos 30 anos. Os chineses pobres têm financiado o consumo exagerado nos EUA todo esse tempo. Nem um brasileiro bêbado ousaria alavancar o sistema bancário 36 vezes como os EUA”, afirmou.
Contrariado por perguntas sobre a política brasileira, Guedes respondeu que o Brasil tem uma democracia vibrante e respeita o estado de direito. “Nós gostamos da democracia, ao contrário do que os perdedores da última eleição têm dito pelo mundo”, completou.
