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Estado de Minas

Fazendo uso da hidroxicloroquina, Bolsonaro monitora efeitos do remédio no coração

O procedimento é feito duas vezes por dia, avalia a saúde cardiovascular e pode revelar anormalidades cardíacas


postado em 08/07/2020 23:03 / atualizado em 08/07/2020 23:19

O presidente informou ter testado positivo para o novo coronavírus(foto: TRINGER / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT
O presidente informou ter testado positivo para o novo coronavírus (foto: TRINGER / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO)
Enquanto faz propaganda da hidroxicloroquina no combate à COVID-19 e afirma estar "perfeitamente bem" pela utilização da substância no seu tratamento à doença, o presidente Jair Bolsonaro tem de fazer exames cardiológicos diários para monitorar qualquer tipo de efeito colateral no seu coração devido à ingestão da substância. As informações são do jornal O Globo.

O chefe do Executivo tem feito duas baterias de eletrocardiograma ao dia. O procedimento que avalia a saúde cardiovascular e pode revelar anormalidades cardíacas é recomendado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) para pacientes diagnosticados com COVID-19 que optam por tratar a doença à base da hidroxicloroquina.

Segundo O Globo, o monitoramento do coração de Bolsonaro tem sido diferente do que sugere a SBC. Pelas recomendações da instituição, os eletrocardiogramas para infectados pelo novo coronavírus que utilizam hidroxicloroquina devem ser feitos no primeiro, terceiro e quinto dias após a primeira dose da substância, e não duas vezes por dia.

A SBC não recomenda o uso da hidroxicloroquina ou da cloroquina no combate ao novo coronavírus — e nem a azitromicina, outro remédio que Bolsonaro admitiu já ter tomado depois de ter testado positivo para a COVID-19 —, “enquanto não houver evidências científicas definitivas acerca do seu emprego”.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), embora a ingestão da cloroquina em doses habituais seja segura, "há risco de efeitos colaterais graves relacionados à retina, alterações neurológicas e arritmias cardíacas potencialmente graves, que pode aumentar o risco de morte".

"A associação de cloroquina com outros medicamentos pode aumentar ainda mais o risco de efeitos adversos. Por isso, o uso de cloroquina deve ser feito apenas com a prescrição médica e o médico prescritor deve fornecer orientações acerca do seu uso seguro e rotinas de acompanhamento", diz a Sobrac.

Na terça-feira (7/7), o presidente informou ter testado positivo para o novo coronavírus, mas disse que já estava tomando doses da hidroxicloroquina desde a segunda-feira (6/7). Nesta quarta-feira (8/7), Bolsonaro publicou nas redes sociais que está “muito bem” graças à medicação.

“Aos que torcem contra a hidroxicloroquina, mas não apresentam alternativas, lamento informar que estou muito bem com seu uso e, com a graça de Deus, viverei ainda por muito tempo”, afirmou o presidente.

A reportagem entrou em contato com o Palácio do Planalto, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.




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