![Presidente Jair Bolsonaro durante Cerimônia Comemorativa do Dia do Exército(foto: Marcos Corrêa/PR) Presidente Jair Bolsonaro durante Cerimônia Comemorativa do Dia do Exército(foto: Marcos Corrêa/PR)](https://i.em.com.br/-DYhB2_zJOGYpMNEl-5fKgL_weY=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2020/06/15/1156875/20200615213713123421o.jpg)
Na semana passada, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu início ao julgamento de uma ação que pede a cassação da chapa que elegeu Bolsonaro e o seu vice, Hamilton Mourão. A análise tem por base os ataques cibernéticos a um grupo de Facebook denominado “Mulheres contra Bolsonaro”, que foi alterado para “Mulheres com Bolsonaro #17” e teria favorecido o presidente. Para Bolsonaro, anular a sua eleição é “inadmissível” e significaria “esticar a corda”.
“O próprio julgamento no TSE. Com todo respeito, mas me julgar por uma página que ficou fora do ar por menos de 24 horas, para cassar chapa Bolsonaro e Mourão, é inadmissível. No meu entender, é começar a esticar a corda. É começar a alimentar uma crise, que não existe da nossa parte. Outra, como vou dar golpe se já sou o presidente, se já sou chefe supremo das Forças Armadas?”, analisou Bolsonaro, em entrevista à Band News.
O presidente ainda criticou o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que na sexta-feira (12/6) concedeu liminar afirmando que as Forças Armadas não podem atuar como "poder moderador" entre Executivo, Legislativo e Judiciário. “Nós, militares das Forças Armadas, porque eu também sou militar, somos os verdadeiros responsáveis pela democracia nesse país”, afirmou.
“Não existe intervenção militar. O artigo 142 (da Constituição), nem precisava o senhor Luiz Fux monocraticamente atender a um pedido do PDT, um partido que tem ligação com o partido comunista chinês, para dizer qual o papel das Forças Armadas. Como se o nosso Alto Comando das Forças Armadas fosse (formado por) pessoas que não soubessem qual o seu papel em uma democracia. Nós jamais cumpriríamos ordens absurdas, mas nós também jamais aceitaríamos um julgamento político para destituir um presidente democraticamente eleito”, acrescentou.