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Estado de Minas STF

Celso de Mello dá mais 30 dias para PF fechar inquérito Moro x Bolsonaro

Solicitação indica que a Polícia Federal ainda pretende tomar depoimento do presidente e realizar novas diligências


postado em 08/06/2020 15:51 / atualizado em 08/06/2020 17:04

Ação analisa denúncia do ex-ministro da Justiça sobre suposta tentativa de interferência do presidente na PF(foto: Marcos Corrêa/PR)
Ação analisa denúncia do ex-ministro da Justiça sobre suposta tentativa de interferência do presidente na PF (foto: Marcos Corrêa/PR)
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a prorrogação do inquérito sobre suposta tentativa de interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal por mais 30 dias. A medida se dá a pedido da delegada Christiane Correa Machado - chefe do Serviço de Inquéritos Especiais no STF e responsável pela condução do inquérito na PF - e tem "expressa concordância" da Procuradoria-Geral da República.

No pedido de prorrogação, a PF sinalizou a necessidade de realização de novas diligências para conclusão das investigações. Na ocasião, indicou ainda que pretendia tomar o depoimento de Bolsonaro na investigação aberta após as acusações feitas pelo ex-ministro Sergio Moro ao anunciar a demissão. Como presidente, Bolsonaro pode optar pelo depoimento por escrito, como foi autorizado a Michel Temer, que encaminhou ao Supremo respostas aos questionamentos feitos pelos investigadores no âmbito do inquérito dos Portos. O ex-presidente acabou denunciado no caso por corrupção e lavagem de dinheiro.

No entanto, na última quarta-feira, 3, o presidente afirmou que pode prestar depoimento presencialmente à Polícia Federal no inquérito. Bolsonaro disse ainda que o inquérito acabará sendo arquivado e que ele prestará os esclarecimentos "sem problema nenhum".

Além do possível depoimento de Bolsonaro, o pedido de prorrogação do inquérito feito pela PF citou uma série de diligências pendentes já determinadas pelas autoridades policiais, entre elas a verificação de edições na mídia que contém os arquivos de vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril - que foi divulgada quase na íntegra por ordem de Celso de Mello - e a finalização do relatório de análise das mensagens trocadas entre o ex-ministro Sergio Moro e a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).


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