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Estado de Minas SUPERFATURAMENTO

Defesa de Aécio garante ausência de provas em fraude na Cidade Administrativa

Superior Tribunal de Justiça (STJ) determina que deputado será julgado na Justiça Comum. Advogado garante que vai recorrer da decisão


13/05/2020 19:28 - atualizado 13/05/2020 19:54

Ex-governador de Minas, Aécio afirma que as obras foram fiscalizadas desde o início por uma auditoria(foto: Evaristo Sá/AFP)
Ex-governador de Minas, Aécio afirma que as obras foram fiscalizadas desde o início por uma auditoria (foto: Evaristo Sá/AFP)

A defesa do deputado federal Aécio Neves (PSDB) se posicionou nesta quarta-feira a respeito da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou que o parlamentar será julgado na Justiça Comum no processo sobre fraudes na construção da Cidade Administrativa, no período que foi governador de Minas. Em nota, o advogado do deputado, Alberto Zacharias Toron, disse que não há provas que incrimine Aécio.

 

 

"Depois de três anos de investigações, não foi apresentada nenhuma prova que vincule o Deputado Aécio Neves a qualquer ilegalidade. Ao contrário, as obras da Cidade Administrativa seguiram as melhores práticas da administração pública. O edital que agora é questionado foi apresentado anteriormente ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado, que não apontaram qualquer incorreção. Investigação sobre o assunto foi arquivada pelo Ministério Público”, diz a nota da defesa.

Aécio diz que vai recorrer da decisão do STJ. De acordo com a defesa do deputado federal, as obras foram fiscalizadas desde o início por uma auditoria, sem apontar qualquer tipo de irregularidade no processo: “Uma empresa independente de auditoria foi contratada, acompanhou todas as etapas da obra e os pagamentos só eram realizados após comprovação de serviços feitos por ela. Nem mesmo os aditivos financeiros permitidos por lei foram autorizados pela Codemig, empresa pública responsável pelas obras, o que por si só desmonta qualquer acusação de superfaturamento. Registre-se ainda que a Codemig recusou solicitações de reajustes feitos formalmente por empresas executoras do empreendimento. A defesa confia que a Justiça de forma isenta vai julgar pela improcedência das absurdas acusações”.

A análise do conflito de competência chegou ao STJ após a Justiça mineira não ter definido se o caso é considerado um crime comum ou eleitoral. A defesa tentou, em vão, entrar com recurso no próprio STJ na tentativa de suspender o inquérito.

A acusação de fraude nos gastos ocorreu quando Aécio governou Minas de 2003 a 2010. Ele é acusado, ao lado de outras onze pessoas (representantes de empreiteiras envolvidas), de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, cartel e fraude a licitação. De acordo com a Polícia Federal, o prejuízo aos cofres do estado foi de R$ 747 milhões na construção da Cidade Administrativa, sede do governo. 

O Tribunal de Contas do estado avaliou que a obra foi de R$ 1,8 milhão. Incialmente, a Cidade Administrativa teria um custo de R$ 900 milhões. 


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