(none) || (none)
UAI

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas NOVAS REGRAS DA PREVIDÊNCIA

O que é preciso saber antes de se aposentar

Mudança nas aposentadorias restringe - e muito - contagem do tempo especial de trabalho e leva segurados a adiar benefícios. Quem tiver pressa pode perder 50% do que teria a receber


postado em 23/12/2019 06:00 / atualizado em 23/12/2019 07:27

Leonardo Rolim, secretário de Previdência Social: ''Não tem sentido a sociedade subsidiar quem tem capacidade contributiva'' (foto: Marcello Casal Jr./ABr - 22/2/11)
Leonardo Rolim, secretário de Previdência Social: ''Não tem sentido a sociedade subsidiar quem tem capacidade contributiva'' (foto: Marcello Casal Jr./ABr - 22/2/11)

Brasília – O segurado que já se encontrava no mercado de trabalho quando da promulgação da Emenda Constitucional 103, a da Previdência, em 13 de novembro último, deve se cercar de cautela e não se apressar a entrar com o pedido de acesso ao benefício previdenciário. Mesmo para quem já esteja próximo de cumprir as novas regras, a ânsia para se aposentar pode ser um péssimo negócio e resultar na perda de nada menos que 50% do valor do benefício pretendido. O novo texto da Constituição mudou substancialmente a forma de acesso e a fórmula de cálculo do valor das aposentadorias.

Isso porque, explica o secretário de Previdência Social, Leonardo Rolim, toda a lógica da reforma foi fazer com que o segurado opte por se aposentar com idade mais elevada, passando a contribuir por mais tempo, o que implicará aposentadoria de maior valor.

O contrário, mesmo para aqueles que estão a apenas dois anos do tão sonhado benefício, é uma perda brutal da renda pretendida. E mais: a Nova Previdência acabou com o tempo fictício de contribuição, muito usado por trabalhadores que, em algum momento da vida laboral, foram protegidos por algum tipo de aposentadoria especial.

A aposentadoria especial, que continua existindo, é concedida a quem trabalha em condições insalubres para a saúde. Só que nem todos os trabalhadores ficam nessa atividade por 25 anos seguidos. Muitas vezes, ele tem parte desse “tempo especial” que, multiplicado por um fator, lhe garantia dois ou mais anos de contagem como tempo de contribuição, sem que qualquer pagamento tenha sido feito ao sistema previdenciário.

Agora, se esse trabalhador quiser contar esse tempo fictício para a aposentadoria no Regime Geral (INSS), terá que pagar as contribuições nesse período para que, efetivamente, seja contado. No caso de esse trabalhador ser hoje um servidor público, não adianta nem pagar esse tempo fictício. Em nenhuma hipótese será contado para efeito da aposentadoria, nem mesmo o tempo declarado em atividade rural como segurado especial.

Declaração

A contagem do tempo fictício, segundo o secretário, implicava brutal transferência de renda justamente para quem não precisava. Um servidor público com salário atual de R$ 20 mil, por exemplo, poderia usar para a aposentadoria um tempo declarado como segurado especial na área agrícola, bastando, para isso, uma declaração de que entre tais e tais anos trabalhou na fazenda do pai. Depois da PEC 103, isso não é mais possível.

A lógica de elevar a idade e o tempo de contribuição para se obter uma aposentadoria de maior valor vale para todas as cinco regras de transição, feitas para quem já se encontrava no mercado de trabalho, e não apenas para os novos trabalhadores, pós-reforma, que terão que cumprir idade mínima e tempo de contribuição das novas regras.

A primeira das regras de transição, feita para atender os apressadinhos – justamente aqueles que contavam com apenas dois anos ou menos para se aposentar pelas regras antigas –, ou seja, já têm 28 anos de contribuição no caso da mulher e 33 anos no caso do homem, além de implicar pedágio de 50% do tempo que falta para alcançar o benefício, conta com o fator previdenciário. Por isso, o valor da aposentadoria cai, e muito. O tempo de contribuição a ser acrescido é de apenas um ano, no máximo.

Uma outra regra, que exige idade mínima de 57 anos para a mulher e 60 para os homens mais pedágio, é mais adequada para quem vai se aposentar nos próximos 10 anos. Por ela, o pedágio é de 100% do tempo que falta para completar o tempo mínimo de contribuição exigido (30 anos para a mulher e 35 anos para o homem). Com tempo de contribuição mais elevado, o valor do benefício também subirá.

Fórmula

Mas a regra considerada mais perene de todas as cinco opções previstas na transição é a de pontos. Ela também é uma boa opção para quem entrou no mercado de trabalho pouco antes da reforma. Uma jovem de 18 anos, por exemplo, que ingressou no mercado de trabalho em julho último, vai conseguir se aposentar aos 59 anos, com 41 anos de contribuição, e levar para casa 112% da média das contribuições feitas para o sistema. Nesse exemplo, a segurada consegue um benefício de valor superior às contribuições feitas mesmo estando três anos abaixo da idade mínima exigida pela PEC: 62 anos para as mulheres.

Além da idade e do tempo de contribuição, o segurado tem que estar atento à fórmula de cálculo do valor do benefício. Ela é bem mais rigorosa do que a então prevista pela Emenda 20, de 1998, que excluía 20% das menores contribuições. Agora, para se chegar à média do salário de contribuição, vale computar 100% de todas as contribuições feitas. Para Leonardo Rolim, a nova regra é mais justa. “Não tem sentido a sociedade subsidiar quem tem capacidade contributiva”, afirma.
 




receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)