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Estado de Minas POLÍTICA

'Queiroz cuida da vida dele e eu da minha', diz Bolsonaro, em Pequim

Indagado sobre a divulgação do áudio novamente, o presidente afirmou que ''não está sabendo''. ''Quando esse áudio veio à tona?''


postado em 24/10/2019 14:06 / atualizado em 24/10/2019 15:16

(foto: Isac Nóbrega/PR)
(foto: Isac Nóbrega/PR)

Em viagem à China, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse desconhecer áudio divulgado nesta quinta-feira, 24, envolvendo Fabrício Queiroz, ex-assessor de um de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

"Eu não sei dessa informação. Por favor, o Queiroz cuida da vida dele, eu da minha. A minha preocupação aqui, para não acabar a entrevista de vocês (jornalistas), é tratar de questões que envolvem interesse de todos nós brasileiros", disse à imprensa após jantar com empresários em Pequim.

Ao ser indagado sobre a divulgação do áudio novamente, o presidente afirmou que "não está sabendo". "Quando esse áudio veio à tona?", questionou Bolsonaro.

"Não sei, desconheço. Não falo com o Queiroz desde quando aconteceu esse problema", afirmou sobre as suspeitas do ex-assessor atuar na prática da chamada rachadinha durante período em que trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, entre 2007 e 2018.

Áudio de WhatsApp obtido pelo jornal O Globo e divulgado nesta quinta-feira mostra que, mesmo depois do escândalo, Fabrício Queiroz continua tendo influência sobre indicações para cargos. "Tem mais de 500 cargos, cara, lá na Câmara e no Senado", diz Queiroz no áudio. "Pode indicar para qualquer comissão ou, alguma coisa, sem vincular a eles em nada. '20 continho' aí para gente caía bem pra c*."

De acordo com a publicação, a mensagem foi enviada por Queiroz em junho - seis meses depois que o jornal O Estado de S. Paulo revelou que o ex-assessor foi citado em relatório do antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) por movimentações atípicas em sua conta.

De janeiro de 2016 a janeiro de 2017, Queiroz movimentou em uma conta mais de R$ 1,2 milhão, quantia considerada incompatível com a renda do então assessor. Ele trabalhava para Flávio, oficialmente, como motorista.


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