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Estado de Minas

Ibaneis e Renan Calheiros pedem à OAB cassação da carteira de advogado de Janot

Se as representações forem consideradas procedentes, o ex-procurador da República, que abriu recentemente um escritório voltado principalmente a consultoria de compliance, ficará impedido de advogar


postado em 03/10/2019 17:25

(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Distrito Federal, (OAB-DF) vai analisar duas representações protocoladas contra o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Os autores são o governador Ibaneis Rocha (MDB) e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) que pedem a suspensão e a posterior cassação da carteira de advogado do ex-chefe do Ministério Público Federal na Ordem.


Se as representações forem consideradas procedentes, Janot, que abriu recentemente um escritório voltado principalmente a consultoria de compliance, ficará impedido de advogar. O caso será analisado pelo Tribunal de Ética da OAB-DF.


Ex-presidente da entidade no DF e ex-conselheiro federal da OAB, Ibaneis aponta desvio de conduta de Janot pela revelação de que ele entrou armado na antessala do Supremo Tribunal Federal (STF) com o propósito de matar o ministro Gilmar Mendes e, em seguida, se suicidar.


Em entrevistas à Veja e ao Estado de S. Paulo, Janot disse que chegou a engatilhar a arma, mas desistiu antes de dispará-la. O episódio também é descrito, sem a citação do nome de Gilmar, no livro Nada Menos que Tudo, uma autobiografia escrita a partir de depoimentos concedidos por Janot aos jornalistas Jailton de Carvalho e Guilherme Evelin.


Por causa dessas declarações, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou uma busca e apreensão na casa e no escritório de Janot. Ele também está impedido de se aproximar de ministros e de entrar no STF.


Na representação, o governador do DF sustenta que, se Janot não pode advogar no STF, também não teria condições de atuar em outras varas e instâncias da Justiça.


Quando presidiu a OAB-DF, Ibaneis também foi autor de uma representação contra o ministro aposentado do STF Joaquim Barbosa, por considerar que o ex-magistrado, relator do processo do mensalão, era desrespeitoso com advogados.


No Tribunal de Ética, será designado um relator para analisar as representações e Janot terá direito a apresentar sua defesa.


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