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Estado de Minas POLÍTICA

Bolsonaro diz que troca em comissão deve-se ao fato de país ter novo presidente

Depois de declarações controversas sobre ditadura, o capitão troca quatro integrantes que apura crimes no período


postado em 01/08/2019 11:05 / atualizado em 01/08/2019 12:39

O presidente Jair Bolsonaro rejeitou publicamente a tese de que o pai do presidente da OAB foi morto pelas Forças Armadas, como mostrou a comissão(foto: Evaristo Sá)
O presidente Jair Bolsonaro rejeitou publicamente a tese de que o pai do presidente da OAB foi morto pelas Forças Armadas, como mostrou a comissão (foto: Evaristo Sá)

O presidente Jair Bolsonaro justificou a decisão de mudar os integrantes na Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos por sua corrente política, que é "de direita". "O motivo é que mudou o presidente, agora é Jair Bolsonaro, de direita. Ponto final", afirmou. Ele trocou inclusive a presidente da comissão, Eugênia Augusta Gonzaga Fávero.

"O motivo é que mudou o presidente, agora é o Jair Bolsonaro, de direita. Ponto final. Quando eles botavam terrorista lá, ninguém falava nada. Agora mudou o presidente. Igual mudou a questão ambiental também", afirmou Bolsonaro ao sair do Palácio da Alvorada nesta manhã.

As mudanças ocorrem dias após Bolsonaro atacar o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, dizendo que poderia "contar a verdade" sobre como seu pai, Fernando Santa Cruz, desapareceu na ditadura militar.

Bolsonaro também rejeitou publicamente a tese de que o pai do presidente da OAB foi morto pelas Forças Armadas. Um atestado de óbito emitido na semana passada pela Comissão de Mortos e Desaparecidos, no entanto, reconhece que Fernando foi morto pelo Estado Brasileiro de forma "não natural, violenta".

Questionado por jornalistas se as alterações no colegiado tinham a ver com críticas de Eugênia às declarações que fez sobre o desaparecimento e morte de Fernando Santa Cruz, Bolsonaro disse que pode ser coincidência. "Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Pode ser (coincidência). As coisas são tratadas dessa maneira", respondeu o presidente.

O governo nomeou Marco Vinicius Pereira de Carvalho para a presidência da comissão. Ele é filiado ao PSL, partido de Bolsonaro, e assessor especial da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.


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