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Estado de Minas ENTREVISTA/FÁBIO RAMALHO (MDB/MG)

Deputado mineiro acredita na chance de se eleger presidente da Câmara

Candidato à Presidência da Câmara, parlamentar mineiro faz maratona em busca de votos


postado em 14/12/2018 06:00 / atualizado em 14/12/2018 07:22

"Vamos para o segundo turno e vamos ganhar por uma razão simples: não estou procurando os líderes para pedir apoio, mas sim os deputados, porque quero defender a Câmara" (foto: GILMAR FELIX/CÂMARA DOS DEPUTADOS %u2013 21/2/17)

Com o discurso de “independência entre os poderes” e de um “Legislativo forte”, o vice-presidente da Câmara dos Deputados e principal coordenador da bancada federal mineira, Fábio Ramalho (MDB), segue em campanha à Presidência da Câmara dos Deputados. Fala diretamente aos seus pares.

Da tribuna, na última quarta-feira, nessa linha, defendeu o reajuste de salários para os parlamentares. “Nós precisamos que os salários de todos os deputados sejam reajustados, como estão sendo reajustados os de todos os outros poderes.”

Movimentando-se em meio a nomes fortes que cobiçam o mesmo cargo – o segundo na linha da sucessão presidencial –, entre os quais o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Ramalho, também conhecido como Fabinho Liderança, “o amigo de todos”, diz que vai repetir a mesma estratégia da eleição da Mesa em 1º de fevereiro de 2017.

Na ocasião, ele surpreendeu derrotando em segundo turno seu colega de partido Osmar Serraglio (PR) por 265 votos a 204, depois de ter tirado da corrida Lúcio Vieira Lima (BA), o candidato da preferência de Michel Temer, nome, aliás, apoiado oficialmente pelo MDB. Conhecido por dar festas regadas a leitão à pururuca, Fábio Ramalho afirma: “Para mim, em qualquer cenário, pulverizado ou não, serei candidato e em condições de ganhar”.

O senhor lançou a sua candidatura à presidência da Câmara dos Deputados. Como estão as articulações? Qual a chance que acredita terá nessa disputa?
Como vice-presidente da Câmara, sou candidato natural à presidência da Mesa. A minha candidatura não tem coloração partidária, é da instituição como um todo. Estou trabalhando os votos um a um, indo muito bem e, principalmente, quero sair com o maior número possível de votos de Minas Gerais, a segunda maior bancada, para ir avançando em todos os estados. Em Minas, já conversei com quase todos. Em todos os partidos estou bem recebido.

Há nomes como o do próprio Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara, que estão colocados. Há também lideranças das bancadas ruralista, evangélica e da segurança que disputam a primazia do apoio do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Qual é a sua estratégia?
Sim, tem vários candidatos. O Rodrigo Maia, o João Campos (PRB-GO), Alceu Moreira (MDB-RS), Capitão Augusto (PR-SP), além de Giacobo (PR-PR), JHC (PSL-AL) e Delegado Waldir (PSL-GO). Eu penso que a Câmara tem que ter mudanças, rotatividade. E eu tenho certeza de que tenho todo o preparo para ser o presidente da Casa, porque eu sou o vice-presidente, então minha candidatura é natural. Mas eu estou na disputa, com uma articulação que privilegia os 513 deputados. Converso um a um. Vou visitar os 27 estados e tenho coordenador em cada estado. São de partidos diferentes. Vamos para o segundo turno e vamos ganhar por uma razão simples: não estou procurando os líderes para pedir apoio, mas sim os deputados, porque quero defender a Câmara, que não vai ser puxadinho de ninguém.

Recentemente o senhor esteve com Jair Bolsonaro e anunciou a sua candidatura. Como foi recebida a ideia?
Eu não tenho voto do governo, que não tem candidato. Conversei com Bolsonaro, ele me disse que não vai interferir. E eu falei sobre a separação dos poderes, que a gente precisa ter uma Câmara independente e forte para que a gente possa fazer pelo Brasil as reformas necessárias. Tenho uma relação boa com o governo e com a oposição.

Na sua avaliação, como será a relação da Câmara com Bolsonaro?
Tem de ser harmoniosa. Mas a Câmara tem de ser independente e forte. Esta é uma exigência minha e sobretudo o que pretendo fazer na Câmara.

Na última eleição à Mesa Diretora, o sr. surpreendeu ao derrotar o candidato a 1º vice-presidente de Michel Temer (MDB) e depois derrotou o candidato de seu próprio partido. Há quem diga que foram muitos leitões à pururuca para conquistar esses votos...
Eu sou amigo de todos. E o leitão à pururuca é uma tradição mineira e uma tradição da minha casa. A panela sempre foi grande. Então, gosto de receber. Na eleição passada fui candidato avulso. Estou fazendo do mesmo jeito agora. A eleição é ainda dia 1º de fevereiro. Muita coisa vai acontecer.

Como Rodrigo Maia está recebendo a sua candidatura?
Como candidato que tem condições de vencer as eleições. A norma da Casa é que qualquer um pode ser candidato a presidente. A maioria dos candidatos vai ser avulso. Para mim, em qualquer cenário, pulverizado ou não, serei candidato e em condições para ganhar.

 


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