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Estado de Minas

Com orçamento de R$ 250 milhões, disputa pelo comando da CMBH fica mais acirrada

A eleição da Mesa Diretora tem seis cargos: presidente, 1º e 2º vice-presidentes, secretário-geral, 1º e 2° secretários para gestão que se iniciará em 1º de janeiro de 2019 até 1º de janeiro de 2021


postado em 11/12/2018 22:01 / atualizado em 12/12/2018 08:23

Caso ocorra empate no segundo turno, para qualquer cargo da Mesa, será eleito o mais idoso(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A press)
Caso ocorra empate no segundo turno, para qualquer cargo da Mesa, será eleito o mais idoso (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A press)
Com um orçamento de cerca de R$ 250 milhões e em pauta para o ano que vem a votação do segundo turno do Plano Diretor de Belo Horizonte, a presidência da Câmara Municipal de Belo Horizonte nunca foi tão disputada. Quatro grupos se organizam para apresentar candidatos, – Até o início da noite nenhum deles tinha os 21 votos necessários para vencer em primeiro turno. As negociações avançaram pela noite de terça-feira, com a possibilidade de retirada de candidaturas.
 
Por um lado, as candidaturas de Gabriel Azevedo (PHS) – respaldada por Doorgal Andrada (Patri) e Bernardo Ramos (Novo) – e a de Cida Falabella (Psol), sustentada pelos vereadores Bella Gonçalves (Psol), Gilson Reis (PCdoB), Arnaldo Godói (PT) e Pedro Patrus (PT) – marcam posição política programática. Por outro, é na base do prefeito Alexandre Kalil (PHS) onde dois grupos se bifurcam e a disputa apertada de fato ocorrerá, possivelmente empurrada para o segundo turno, momento em que as candidaturas minoritárias terão peso importante no resultado final, em que cada vereador será disputado.
 
Da base de apoio de Kalil, – e com o apoio do prefeito e do líder na Casa, Leo Burguês (PSL), emerge a candidatura de Nelly (PRTB), em meio a uma cortina de fumaça em que, no maior grupo da Casa, em princípio também se lançaram os vereadores Irlan Melo (PR), Juliano Lopes (PTC), Autair Gomes (PSC), Bim da Ambulância (PSDB) e Catatau (PHS). Embora Kalil tenha sinalizado para o grupo que alcançasse consenso e teria o seu apoio, alguns vereadores relataram terem sido chamados para uma conversa na Prefeitura, em que ele pediu o apoio para Nelly. “Se não alcançarmos 21 no primeiro turno, no segundo vamos ter 26”, garante um interlocutor que dá sustentação à candidatura de Nelly, considerando que o apoio da esquerda no segundo turno reforçará a sua posição.
 
A vereadora Cida Falabella afirma que a sua candidatura é programática e defende um legislativo mais democrático. “Queremos uma Mesa Diretora com decisões colegiadas, colégio de líderes com maior participação, advogamos a criação da Comissão das Mulheres, o fortalecimento da Comissão de Participação Popular e defendemos um conselho gestor do orçamento da Câmara, integrado por vereadores, servidores e representantes da população”, afirma Falabella.
 
Segundo ela, num eventual segundo turno, vai dialogar com os candidatos sobre as propostas que o seu grupo político defende. Interlocutores do presidente da Câmara, Henrique Braga (PSDB), que em balanço de sua gestão na tribuna anunciou ontem uma economia de R$ 102 milhões nos últimos dois anos, sustentam que para Braga a candidatura de Nelly seria difícil de ser digerida.
 
Para justificar a resistência, aliados de Henrique Braga insinuam pretensa proximidade da vereadora com o ex-presidente da Casa, Wellington Magalhães, afastado desde 26 de abril do mandato, sob acusação do Ministério Público que apura suposto esquema em licitações.
 
Questionado, Braga desconversa: “Nosso grupo não decidiu quem será o candidato à presidência. Isso acontecerá antes da votação”.
 

Mudanças

 
A eleição será nesta quarta-feira, às 9h. E se é fato que Henrique Braga evita se posicionar para não gerar atritos em seu próprio grupo; também é verdade que a sua experiência já lhe ensinou que nesse tipo de eleição é muito fácil dormir presidente e acordar fora da Mesa Diretora. Nesse contexto, nada está descartado e, às vésperas do processo eleitoral, tudo pode acontecer, até mesmo a candidatura do líder Leo Burguês, desencorajada por Kalil que deseja mantê-lo na atual função.
 
Também da base do prefeito Alexandre Kalil surge um outro grupo, comandado pelo vereador Orlei (Avante), que se organiza em torno de Reinaldo Gomes (MDB), candidato a 1º vice, doutor Nilton (Pros), candidato à 2a vice e Jorge Santos (PRB), este pleiteando a secretaria da Mesa. Orlei reúne em torno do seu nome outros nove parlamentares e, como estratégia, tenta forçar o segundo turno, no qual espera o apoio de Gabriel Azevedo, além de insatisfeitos de última hora que venham abandonar o grupo adversário nesta disputa. “Temos mais de 16 nomes. Mas logicamente não revelo os meus apoios”, diz. À noite, ele já admitia a possibilidade de retirar seu nome em prol de outro candidato.
 
Os cargos
 
A eleição da Mesa Diretora tem seis cargos – presidente, 1º e 2º vice-presidentes, secretário-geral, 1º e 2o secretários – para gestão que se iniciará em 1º de janeiro de 2019 até 1º de janeiro de 2021. As candidaturas podem ser de chapas completas ou avulsas. O processo de votação é nominal. Caso nenhum das chapas consiga, no primeiro turno, o voto da maioria absoluta de 21 dos membros, a eleição passará ao segundo turno, a ser feita por cargo, dentre os candidatos já inscritos.
 
O quórum dessa nova fase de votação será a maioria dos votos dos presentes, sendo necessária a presença em plenário da maioria dos membros da Câmara. Caso ocorra empate no segundo turno, para qualquer cargo da Mesa, será eleito o mais idoso.


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