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Estado de Minas

Candidatos à Presidência voltam a se enfrentar em debate na TV Aparecida


postado em 20/09/2018 21:23 / atualizado em 21/09/2018 00:23


Mais um debate entre os candidatos à Presidência será realizado na noite nesta quinta-feira. Desta vez, o enfrentamento entre os que concorrem ao Palácio do Planalto será feito pela TV Aparecida, emissora católica, com sede na cidade de Aparecida, no interior de São Paulo.

Participam do debate os candidatos Guilherme Boulos (PSOL), Fernando Haddad (PT), Álvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB).

O candidato Jair Bolsonaro (PSL) não participou por ainda estar hospitalizado. Já Cabo Daciolo alegou, segundo a emissora, incompatibilidade de agenda.

Primeiro Bloco


No primeiro bloco, os candidatos começaram comentando sobre a importância da democracia, pergunta feita por Dom Odilo Scherer. Todos fizeram coro ao dizer que o combate à corrupção é um dos principais fundamentos para fortalecer esse fundamento da vida do cidadão.

Boulos e Marina Silva citaram termos cristãos para sustentarem suas respostas. O candidato do PSOL falou sobre carta do Papa Francisco que trata do assunto. Já Marina destacou a passagem bíblica em que Jesus se revolta contra a corrupção.

O candidato do PDT, Ciro Gomes, declarou que o país deve superar o duo formado por PT e PSDB que comandaram o país nos últimos anos. Na sua vez, Álvaro Dias disse que o pais vem sendo governado nos últimos anos por “organizações criminosas” e isso impacta na qualidade da democracia.

Fernando Haddad disse que o fortalecer a democracia é necessário fortalecer as instituições. Ele abriu a fala saudando o ex-presidente Lula que, segundo ele, acompanha a transmissão. Lula está preso desde 07 de abril.

Ultimo a falar, Geraldo Alckmin disse que quem rouba é “ladrão” e isso impacta diretamente na qualidade das pessoas em perceberem os valores da democracia.

Segundo Bloco

Segundo Guilhemer Boulos , o sistema político atual “está podre”, por causa da troca de favores que prevalece na relação entre Executivo e Legislativo”. “Democracia não pode ser apenas aertar um botão a cada quatro anos (…) o povo deve ser chamado a decidir”, afirmou.

Ele ainda disse que a transparência é algo urgente e que deve ser priorizado. “Eu tenho coerência. Eu e meu partido assinamos a proposta de reforma eleitoral feita pela CNBB”, disse em resposta a Álvaro Dias.

Na réplica, Álvaro Dias que o atual sistema, se não mudado, comprometerá “a substituirão desse sistema é essencial para que possamos apresentar nossas metas e nossas propostas”, disse.

Na tréplica, Boulos disse voltou a tratar da coerência e acusou Dias de ter feito parte dos quadros do PSDB e ter participado desse tipo de troca de favores.

Na sequência, foi Ciro que perguntou a Marina Silva e o assunto continuou sendo saúde. De acordo com Marina, em seu governo o país seria dividido em regiões e todas seria comandadas por uma autoridade que seria nomeada por concurso. Marina disse que vai aumentar os recursos para a saúde e também aumentar a presença de médicos. “Eu sei o que é para o hospital e antes de olharem pra você já tenham a receita”, disse.

Ciro completou dizendo que pretende premiar as unidades de saúde que cumprirem meta de atendimento para “O usuário vai dizer, com sua identidade protegida, se foi bem atendido e o governo vai premiar a unidade com R$ 100 mil reais por ano”, disse.

Marina ainda disse que vai incentivar a humanização do atendimento e a formação de médicos generalistas para auxiliar no atendimento as necessidades básicas da população.

Na primeira participação em debates após a oficialização do nome de Fernando Haddad como candidato do PT, após o ex-presidente Lula ter tido a candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral, o petista perguntou ao tucano Geraldo Alckmin.

O questionamento foi sobre reforma trabalhista e a emenda constitucional que estabelece o teto de gastos. Estamos com 13 milhões de desempregados, herança da Dilma e do PT", responde o tucano. "Não precisaria do teto de gastos se não fosse o governo do PT".

Alckmin diz ainda que a situação brasileira é delicada e promete reformas já no início do ano para a economia brasileira voltar a crescer, se vencer as eleições. O tucano ainda disse que a presidência de Temer, governo em que as medidas foram tomadas, ocorreu porque ele era da chapa petista. “Quem escolheu o Temer foi o PT. Ele era vice da Dilma. Aliás, reincidentes, eles escolheram o Temer duas vezes”, disparou Alckmin.

Já Haddad prometeu revogar a reforma trabalhista caso seja eleito. Ainda de acordo com ele, a emenda constitucional que estabelece o teto de gastos impõe sérios riscos a vida do trabalhador. A terceirização fragiliza as relações de trabalho já que exige que o trabalhador pague o valor das ações”, disse.

O petista disse que o partido de Alckmin foi patrocinador da crise que gerou toda a crise que resultou no aumento do desemprego. Em relação a Michel Temer, Haddad acusou o PSDB de propiciar a situação para o impeachment. “Temer era vice da Dilma, mas quem seu uniu para trair a Dilma foi o PSDB, que se uniu para tirar ela de lá”, afirmou.


Meirelles perguntou a Haddad sobre confiança no nome dele, mas não conseguiu concluir o pensamento.

Haddad agradeceu a manifestação dos bispos do Brasil que se manifestaram contra a terceirização e o congelamento dos gastos. “Se não olharmos para o trabalhador brasileiro agora nós teremos frutos muito ruins”, disse e completou que a confiança recuperada por Meirelles foi “dos baqueiros da Faria Lima”.

Na defensiva, Meirelles disse que a confiança é importante para garantir investimentos. “Quando eu assumi o Ministério da Fazenda, o PIB tinha caído e tínhamos 14 milhões de desempregados. Essa crise foi construída pela Dilma, essa crise foi construída foi pela implementação do programa do PT”, atacou.

Na tréplica, Haddad disse que Meirelles foi comandante do Banco Central no governo do PT e que no período foram criados 20 milhões de empregos. Ele classificou o adversário como “ingrato” já que vez parte do governo.

O petista ainda disse que os problemas na economia ocorreram nos últimos anos do governo da ex-presidente Dilma, principalmente, pelo governo de Michel Temer (MDB) e patrocinado pelo PSDB.

Terceiro Bloco


Sendo questionados por jornalistas de emissoras com inspiração católica, candidatos à Presidência aproveitaram o terceiro bloco do debate realizado em Aparecida (SP), nesta quinta-feira, 20, para falar sobre temas abordados constantemente por suas campanhas.

Assim como no bloco anterior, o PT virou alvo do candidato do MDB, Henrique Meirelles. Para ele, o quadro de desemprego no País foi resultado de uma série de "equívocos" do governo Dilma Rousseff e do PT. Ele repetiu sua promessa de criar 10 milhões de novos empregos em quatro anos e retomar obras paralisadas.

Respondendo a uma pergunta sobre migração, Fernando Haddad (PT) prometeu ampliar para todo o território nacional leis que regulamentem o acolhimento de imigrantes. "Os países que optarem por violência colheram violência", disse, defendendo que o Brasil precisava escolher a "paz".

Ciro Gomes (PDT) abriu mão de declarações ácidas e, após ter elogiado Marina Silva (Rede) no bloco anterior, também teceu elogios para Guilherme Boulos (PSOL). Ao falar sobre urbanização, o pedetista disse que o adversário é "especialista" no assunto e está correto ao avaliar que há mais imóveis vazios nas cidades do que pessoas que precisam de uma moradia.

Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu uma reforma política com voto distrital misto e facultativo. Tendo oportunidade de repetir uma frase em latim que significa "suprima a causa que o efeito cessa", o tucano prometeu promover as reformas política, tributária, previdenciária e de Estado logo no começo de um eventual governo. "Será que é possível aprovar a reforma política? Eu entendo que sim."

Sendo questionado sobre segurança pública, Alvaro Dias (Podemos) defendeu investimento no monitoramento de fronteiras e atacou o governo Michel Temer por dizer que "não tem dinheiro para nada" na segurança pública.

"O bandido no Brasil tem que voltar a ter medo da lei", pontuou, prometendo boa remuneração a policiais. "Dinheiro do orçamento que não for aplicado em segurança pública, deve ser responsabilidade do presidente."

No mesmo bloco, Marina Silva (Rede) prometeu punir o feminicídio e fiscalização do Ministério do Trabalho contra salários desiguais entre mulheres e homens. A presidenciável também assumiu o compromisso de abrir 2 milhões de novas vagas em creches para que mães possam trabalhar.

Boulos, por sua vez, disse que é preciso cassar o registro de empresas que usam trabalho infantil e revogar, através de consulta popular, a reforma trabalhista feita pelo governo Michel Temer.

Quarto Bloco


No quarto bloco, candidatos novamente perguntam diretamente um ao outro, mediante sorteio. Guilherme Boulos pergunta Ciro Gomes sobre a democratização da mídia. Ciro diz que é preciso investir em mídias alternativas e garantir que cooperativas de jornalistas, por exemplo, devem receber incentivo.

Ciro pergunta Haddad sobre impostos. Segunso Haddad quanto mais pobvre for a pessoa =, mais impostos ela paga. De acordo ele, proposta defende que estados e municípios tenham garantia que sua arrecadação não vai cair e outra medida fará com que outro imposto reúne outras taxas.

“Imposto sobre grabndes patrimonios não é feito e sobre grandes heranças também não é feito”

Na réplica, Ciro disse que ia fazer uma “pinicadinha” em Haddad ao dizer que o povo iria acreditar sendo que o partido de Haddad, o PT, ficou no governo e “A grabnde questão é que precismoa fazer impostos de tribtos porque um grande banco distruibui R$ 9 milhões para cada sócio”, afirmou. E ainda disse que PT

Segundo Haddad, Lula fez reforma tributárias às avessas. “Foui pelo lado da despesa que fizemos todos os rograms soxciais que revolucionaram a vida dos mais pobres”, disse. Segundo ele, programas como Bolsa Família, Prouni entre outros, fizeram com que o dinheiro chegasse a mão dos mais pobres”.

Meirelles perguntou a Marina Silva sobre a volta da CPMF, proposta por Jair Bolsonaro. Segundo Marina, ela é contra a volta defendeu que partidos “E dificil querer ser um presidente com um posto Ipiranga”, disse, em referencia ao economista Paulo Guedes, apontado como Jair Bolsonaro

“Resultado de alguém que não tem preparo, principalmente, não tem preparo em economia. Isso é muito grave”, afirmou Meirelles. Não podemos aumentar ainda mais a carga de impostos do brasileiro, principalmente os que prejudicam os mais pobres”, declarou.

De acordo com Marina, a proposta de Bolsonaro demonstra que ele governa para os mais ricos. Segundo ela, o candidato do PSL desconsidera os mais pobres e ainda tem em sua equipe pessoas que fazem declarações desastrosas, como a dada pelo vice General Mourão, que declarou que crianças e adolescentes criados apenas com mães e avós são “fábricas de desajustados”.

Geraldo Alckmin pergunta a Meirelles suas propostas contra o desemprego. "Aplicar uma política econômica adequada que leve o Brasil a crescer", responde. O candidato do MDB volta a citar seu desempenho como presidente do Banco Central e a criação de 10 milhões de empregos

Marina pergunta Boulos sobre Violência. Boulos diz que o atual sistema lucra com as mortes, citando bancadas políticas que “se alimentam do medo” e a indústria de armas. “Não podemos reproduzir a polícia que mais mata e a que mais morre, Nos vamos desmilitarizar as polícias”.

Ele ainda defendeu a descriminalização das drogas e falou que o assunto deve ser tratado como de saúde pública, “não de código penal”.

Marina afirmou que vai criar o sistema único de segurança pública e disse que vai investir em inteligência das policias. Ela ainda criticou o repasse de valores a grandes empresários

Haddad perguntou a Álvaro Dias sobre famílias. Na resposta o candidato do Podemos partiu para o ataque. “Você Haddad é o porta-voz da tragédia, representante do caos (…) Se especializou em distribuir a pobreza para alguns e a riqueza para seus lideres”, disse.

Ele afirmou que o governo do PT e Temer fez com que a violência aumentasse e críticos outras políticas públicas petistas, que, segundo ele, levaram a crise. “Embora seu discurso seja outro, seja da ficção,da gerração da falsa expectativa e o discurso da mentira”, disparou.

“O seu desconhecimento da realidade brasileira chama muito a atenção”, retrucou Haddad citando programas como Bolsa Família, Prouni que fizeram com que as famílias ficassem mais próximas. Haddad ainda decretou que os mecanismos nos programas favorecem a unidade as famílias.

“Você fica no Senado, no seu gabinete, e desconhece a realidade esse é o Brasil que as pessoas querem de volta”, disparou. Na tréplica, Dias disse que a fala de Haddad corrobora com as afirmações que ele fez anteriormente. “Você desenhou agora aquilo que eu disse antes”, disse.

"O Brasil é um país caríssimo e por isso perdeu competitividade", diz Geraldo Alckmin em resposta a Álvaro Dias sobre economia. O tucano propõe mudar as regras para os bancos internacionais se instalarem no Brasil e defende uma agenda de competitividade, que leva em conta a desburocratização para empresas. Álvaro Dias ainda disse que o governo do PT serviu as grandes corporações financeiras.

Quinto Bloco


No último bloco, os candidatos respondem às perguntas feitas por bispos e fazem suas considerações finais. A primeira pergunta é para Fernando Haddad (PT) sobre como superar a violência no Brasil. O petista defende programas sociais como prevenção e um sistema unificado para coibir a violência. Ele defende nova lei que estabeleça um trabalho conjunto entre prefeitos e governadores.

Ciro disse que é importante fortalecer a agricultura familiar e que o gverno pode fazer isso a partir de compras programas dessas pequenas cooperativas. Em relação ao agronegócio, Ciro disse que a atividade, apesar de gerar poucos empregos, pois é altamente mecanizada, cumpre papel de fortalecer a indústria.

“Temos que mudar esse país a começar pelo fortalecimento das oportunidades”, disse e completou afirmando que o fortalecimento do emprego e do salário contribui para fim das desigualdades. Dias disse que dar oportunidade as pessoas é fundamental para redução da pobreza.

Marina atacou o governo de Temer e Dilma como o que menos demarcou terras. “Ordenamento territorial e fundiário e das unidades e conservação fundiária sobre responsabilidade do presidente”, afirmou. Marina ainda criticou proposta que pretende transferir para o Congresso a prerrogativa de demarcação das terras indígenas. Ela ainda reservou espaço para dizer que Jair Bolsonaro (PSL) que afirmou que não vai demarcar “nenhum centímetro” das terras.

Alckmin respondeu sobre o teto de gastos e disse que educação e saúde estão fora do estabelecido no teto de gastos. E voltou a usar exemplos de São Paulo. Fugiu, no entanto, da resposta de forma clara, tal como perguntado.

Henrique Meirelles (MDB) é questionado sobre o aborto, mas se esquiva de dizer se é a favor ou contra a descriminalização. Para ele, essa deve ser uma decisão da sociedade. "Eu sou favorável à vida. Também sou favorável ao direito da mulher, que em determinadas situações tem que tomar essa decisão dramática. É preciso ter equilíbrio", diz.

Boulos responde sobre polarização. Segundo ele, a polarização se dá devido a concentração excessiva de renda. Ele ainda afirmou que a governabilidade avance e vá além das instituições e alcance as pessoas. Ele defendeu conselhos e plebiscitos.


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