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Estado de Minas

BH no foco dos pré-candidatos à Presidência que se revezam em agendas na capital

Pré-candidatos à Presidência da República disputam o voto na capital mineira. Em menos de um mês, cinco deles fizeram aqui reuniões com empresários, políticos e falaram de seus planos


postado em 03/03/2018 06:00 / atualizado em 03/03/2018 07:51

(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)

Capital do segundo maior eleitorado do país, Belo Horizonte está na rota de articulação dos pré-candidatos ao Palácio do Planalto e, em menos de um mês, recebe a visita de pelo menos cinco nomes cotados para ocupar a Presidência da República.

Em eventos empresariais ou políticos, eles já adotam discurso de campanha, apesar de ela só começar oficialmente em 5 de julho. Desde fevereiro, já passaram por aqui o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo.

Hoje, a jornalista Valéria Monteiro (PMN) se reúne com lideranças do partido em BH e, na segunda, é esperada a chegada do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pré-candidato pelo PSDB, ainda não confirmada.

Com 31 milhões de eleitores, Minas Gerais concentra pouco mais de 20% do eleitorado do país, que soma 144 milhões de pessoas, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral. Num cenário político indefinido no plano nacional, a agitação do ano eleitoral já tem repercutido em Belo Horizonte.

O ex-presidente Lula escolheu Minas Gerais para lançar a sua candidatura à Presidência na semana passada. Uma das justificativas é porque, segundo ele, Fernando Pimentel é o “líder da resistência ao golpe de Michel Temer”.

Em meio à sua condenação em segunda instância, ele adotou tom de enfrentamento. “Disputem as eleições comigo para ver quem ganha. Estão lidando com um ser humano diferente. Eu sou um pedacinho de célula de cada um de vocês. E se um Lula incomoda, dois e milhões incomodam muito mais”, disse.

Na segunda-feira, é Geraldo Alckmin que participa de evento com empresários em BH, numa palestra em que discutirá o cenário econômico e político brasileiro. Em setembro do ano passado, ele também esteve na capital mineira com o mesmo propósito, marcando espaço no estado vizinho.

A jornalista Valéria Monteiro, mineira de Belo Horizonte, visitou ontem municípios da Zona da Mata e da Região Central, entre eles Mariana e o distrito de Bento Rodrigues, devastado pelo rompimento da barragem da Samarco, em 2015.

A pré-candidata chegou à noite à capital para conversar neste sábado com lideranças do PMN e reencontrar suas raízes. “É um resgate para mim, que sou mineira. Saímos do Rio na ‘Caravana da coragem’ para escutar quais são as necessidades e anseios do povo. Vamos até Brasília”, conta.

Com carro próprio e gasolina paga por ela, Valéria, famosa sobretudo pelo período em que comandou o Jornal Nacional, da Rede Globo, afirma que a campanha tem sido feito na coragem, por isso o nome da caravana.

“Seria muito fácil se fosse banqueira e pudesse entrar em meu jatinho e percorrer o Brasil, seria muito mais fácil, mas nossa campanha é feita sem financiamento, de carro, para vermos o que realmente está acontecendo”, diz.

Movimento Somente de jatinho particular o empresário Flávio Rocha, dono da rede de lojas Riachuelo, um dos maiores grupos do país, tem conseguido cumprir a agenda atribulada para discutir as eleições de 2018 e o futuro do Brasil.

Somente na quinta-feira, ele esteve em evento em São Paulo, com a presença de Henrique Meirelles, numa roda de conversa com empresários na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em BH.

Rocha, que já foi deputado federal pelo PFL na década de 1980, está à frente do movimento Brasil 200, criado por empresários para pautar agenda política liberal no campo econômico e conservadora no que diz respeito a costumes.

“Quem vai definir a eleição é aquele eleitor que sabe que não tem almoço de graça. Se todos sairmos da moita, não vão perseguir a todos nós. A missão do Brasil 200 é cobrar na classe política a apresentação do candidato óbvio, que una convicções liberais para consertar a economia associada à preservação dos valores para tocar o coração do eleitor”, afirmou.

Com discurso de candidato, identidade visual com cores da bandeira na página do Facebook, Rocha, entretanto, ainda não saiu da moita como candidato, mas não nega a possibilidade, sem esconder o fundo de satisfação.

“A tarefa de salvação nacional se sobrepõe à qualquer responsabilidade empresarial ou de vida privada”, afirmou o empresário, que chegou a ser cotado como vice do pré-candidato Jair Bolsonaro (PSC).

 


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