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Estado de Minas

Fachin decide hoje se Temer será investigado sobre pagamentos ilícitos da Odebrecht

O pedido é da procuradora-geral Raquel Dodge e vai investigar repasse de R$ 10 milhões como forma de ajuda de campanha para o PMDB, em 2014, na época presidido pelo hoje presidente Michel temer


postado em 02/03/2018 08:30 / atualizado em 02/03/2018 08:44

Ministro Edson Fachin(foto: Carlos Moura/SCO/STF)
Ministro Edson Fachin (foto: Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro Edson Fachin decide  nesta sexta-feira sobre o pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge , para incluir o presidente Michel Temer no inquérito que apura pagamentos ilícitos da empreiteira Odebrecht. Os ministros ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil,  e Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência da república,  já são investigados nesse inquérito.

O pedido para incluir Temer na investigação diz respeito ao inquérito que apura o suposto favorecimento da empreiteira Odebrecht pela antiga gestão da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República. Entre 2013 e 2015, durante o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff, o órgão foi dirigido pelos atuais ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. Ambos já são investigados no caso.

 Raquel Dodge divergiu do entendimento do ex-procurador Rodrigo Janot, que, no ano passado, decidiu não incluir Temer na investigação, por entender que o presidente tem imunidade constitucional enquanto estiver no cargo. Segundo a procuradora, a Constituição impede somente o oferecimento da uma eventual denúncia contra os investigados.

Jantar no Jaburu


De acordo com depoimento de delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho, houve um jantar no Palácio do Jaburu, em maio de 2014, para tratativas de um repasse de R$ 10 milhões como forma de ajuda de campanha para o PMDB.

“A investigação penal, todavia, embora traga consigo elevada carga estigmatizante, é meio de coleta de provas que podem desaparecer, de vestígios que podem se extinguir com a ação do tempo, de ouvir testemunhas que podem falecer, de modo que a investigação destina-se a fazer a devida reconstrução dos fatos e a colecionar provas. A ausência da investigação pode dar ensejo a que as provas pereçam”, argumenta a procuradora-geral da República.

Marun


O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, questiona a possibilidade de continuidade de uma investigação contra Temer sobre fatos anteriores ao mandato de presidente da República. “Pelo que eu sei, neste momento, o presidente só pode ser efetivamente atingido por qualquer coisa acontecida no exercício do seu mandato”.

O ministro também defende a inocência de Temer, a quem classificou como um “homem honrado”. “Se querem investigar, investiguem. Mais uma vez chegarão à conclusão de que nada efetivamente atinge a pessoa do presidente, que é um homem honrado, com um patrimônio conforme a renda auferida em décadas de trabalho”, disse Marun, em entrevista coletiva no início da noite de hoje, no Palácio do Planalto


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