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Estado de Minas

Juiz transforma prisão temporária de Nuzman em preventiva

Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro atendeu a pedido do Ministério Público, e também prorrogou prisão temporária de Leonardo Gryner, braço direito de Nuzman


postado em 10/10/2017 06:00 / atualizado em 10/10/2017 07:52

Com a decisão do juiz Marcelo Bretas, Carlos Nuzman ficará preso por tempo indeterminado(foto: Jotta de Mattos/PhotoPress/Estadão Conteúdo)
Com a decisão do juiz Marcelo Bretas, Carlos Nuzman ficará preso por tempo indeterminado (foto: Jotta de Mattos/PhotoPress/Estadão Conteúdo)

Rio – O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, acolheu pedido do Ministério Público Federal (MPF) e converteu nessa segunda-feira a prisão temporária de Carlos Arthur Nuzman em prisão preventiva, quando não há prazo para terminar. Bretas também determinou a prorrogação da prisão temporária de Leonardo Gryner, apontado como braço direito de Nuzman.

No pedido, o MPF destacou que “a ocultação do dinheiro ilícito produzido pela corrupção sistêmica” perduram até hoje. Na deflagração da Operação Unfair Play, os procuradores apontaram para a ocultação de bens de Carlos Arthur Nuzman, incluindo 16 barras de ouro depositadas em um cofre na Suíça.

Os procuradores também alertaram que Carlos Arthur Nuzman continuava a atuar em benefício próprio, usando os instrumentos do Comitê Rio-2016, do qual também é presidente, bem como a sua influência sobre as pessoas que lá trabalham. Eles citaram um e-mail do cartola datado de 25 de setembro deste ano – portanto, após deflagração da operação –, em que ele determinava “urgência” no pagamento do escritório Nelio Machado Advogados, que atua em sua defesa. O pagamento solicitado era de R$ 5,5 milhões, mas a liberação do montante não foi autorizada por não passar pelas regras de governança do comitê. O Rio-2016 tem dívidas na casa dos R$ 100 milhões.

O MPF também pediu a prorrogação da prisão provisória de Leonardo Gryner, que também está preso desde a quinta-feira passada. Ele é apontado pelos investigadores como “braço direito” de Carlos Arthur Nuzman e divide a cela com o dirigente na cadeia de Benfica, na zona norte do Rio.

Marcelo Bretas também acatou pedido do MPF e intimou o COB e o Comitê Rio-2016 a entregar em até 24 horas os e-mails da secretária de Carlos Nuzman. Os investigadores miram mensagens trocadas por Maria Celeste de Lourdes Campos Pedroso com Papa Diack, filho de Lamine Diack, ex-presidente da IAAF (Associação Internacional de Federações de Atletismo), “para tratar do assunto de pagamento de propinas”.

Em depoimento à Polícia Federal, Maria Celeste disse que antes mesmo da escolha do Rio como sede dos Jogos de 2016, Papa Diack começou a fazer contato dizendo que Carlos Arthur Nuzman lhe devia pagamentos. A suspeita é de que os pagamentos seriam referentes ao suposto esquema de compra de votos para o Rio sediar a Olimpíada. A defesa do cartola nega as acusações.

 


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