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Estado de Minas

Pacheco garante que relator de denúncia contra Temer na CCJ será nome 'isento'

A escolha será anunciada nesta terça-feira em reunião da CCJ. Presidente da comissão diz ignorar pressões


postado em 03/07/2017 10:11 / atualizado em 03/07/2017 10:27

O deputado do PMDB mineiro diz que vai optar por um nome técnico(foto: Arquivo pessoal)
O deputado do PMDB mineiro diz que vai optar por um nome técnico (foto: Arquivo pessoal)

Apesar das pressões que vem sofrendo do Palácio do Planalto, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), garantiu nesta segunda-feira que escolherá com “isenção” o relator da denúncia contra o presidente Michel Temer. O nome do parlamentar que dará o parecer, primeiro passo para a tramitação do pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) na Casa, será anunciado em reunião da CCJ às 14h30 desta terça-feira (4).

“Vai ser alguém moderado, com perfil técnico e conhecimento jurídico para conduzir com a maior isenção possível esse procedimento. Não abro mão de conduzir essa questão com isenção e nada me fará deixar de agir desta forma”, afirmou Pacheco ao Estado de Minas.

Temer foi denunciado ao STF por corrupção passiva, mas, para que o processo seja aberto, é preciso que a Câmara dos Deputados autorize com o voto de 342 deputados, dois terço dos 513 da Casa.

O presidente da CCJ não quis antecipar as opções para escolha, mas afirmou que o nome pode ser do PMDB ou até mesmo da oposição. “Vou levar mais em consideração muito mais o perfil da pessoa do que essa questão partidária”, afirmou.

A base do governo Temer pressiona para que seja um deputado “chapa branca”, alinhado com Temer. Nos bastidores o nome preferido seria o do ex-prefeito de Gravataí Jones Martins (PMDB-RS), suplente do ministro do Desenvolvimento Social e Agrário Osmar Terra (PMDB-RS).

Pacheco admite sofrer pressão, mas diz que não será influenciado por ela. “É natural a pretensão da base neste sentido, como é natural que a oposição atue em sentido contrário, mas não abro mão critérios que decidi, sem interferência do governo ou da oposição. Não posso antecipar, mas será um bom nome, que reúne boas condições”, disse.

Sem rusgas


Em Belo Horizonte, onde participa de reuniões na base nesta segunda-feira, Pacheco nega ter qualquer rusga com o presidente Michel Temer, que o preteriu na escolha para o Ministério da Justiça, quando ele foi indicado pela bancada do PMDB mineiro para o cargo. “Tenho respeito com o presidente da República. A denúncia tem que ser considerada com base em provas do inquérito, não só na narrativa, e, além disso, na defesa técnica, só aí formarei convicção sobre o caso”, afirmou.

Cargo em furnas não é meu

O deputado federal mineiro negou ter sido beneficiado com uma indicação para a presidência de Furnas às vésperas da decisão, na semana passada. Foi escolhido pelo Planalto Júlio Cesar Andrade para substituir Ricardo Medeiros. O nome seria uma demanda de Rodrigo Pacheco. “A indicação para a presidência de Furnas é do PMDB de Minas, não é minha, e aconteceu há muito tempo, isso não procede”, disse.


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