O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) se aventurou a concorrer à presidência da Câmara, nesta quinta-feira, mas obteve apenas quatro votos de apoio, do total de 513 parlamentares da Casa. A votação minguada o deixou na última colocação entre os que concorreram ao cargo. A disputa teve Rodrigo Maia (DEM-RJ) como vencedor, sendo reeleito com 293 votos para o biênio 2017-18.
Antes de ocorrer a votação, em discurso para seus pares, Bolsonaro defendeu que a Câmara não poderia se curvar e reclamou da atual composição da Casa. “O Executivo sempre interferiu nos trabalhos desta Casa. Hoje temos uma Câmara que não cria leis, não fiscaliza e não representa os anseios do povo. O Legislativo se apresenta subserviente ao Executivo e submisso ao Judiciário”, afirmou.
Ele aproveitou ainda para falar que a Câmara não pode aprovar coisas como a legalização da maconha e do aborto. E mais, disse que a bancada ruralista representa “os heróis da economia brasileira”.
Já antevendo a derrota acachapante, o parlamentar disse que se expõe “patrioticamente” por acreditar no Brasil.
Os deputados que também concorreram ao cargo foram Luiza Erundina (PSOL-SP), Júlio Delgado (PSB-MG), André Figueiredo (PDT-CE) e Jovair Arantes (PTB-GO). Rogério Rosso (PSD-DF) desistiu após o ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, rejeitar os pedidos de impugnação da candidatura de Maia.