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Estado de Minas

João Leite e Kalil ironizam apoiadores para o segundo turno

Enquanto João Leite faz pouco caso de uma possível aliança com o prefeito Marcio Lacerda, Kalil divulga vídeo criticando o PCdoB, que anunciou atuação favorável a ele no 2º turno


postado em 11/10/2016 06:00 / atualizado em 11/10/2016 07:41

João Leite se encontrou com comerciantes e afirmou que busca aliança com as pessoas de BH (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
João Leite se encontrou com comerciantes e afirmou que busca aliança com as pessoas de BH (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Kalil, que se encontrou ontem com cuidadores de idosos: das boas-vindas às críticas ao PCdoB(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Kalil, que se encontrou ontem com cuidadores de idosos: das boas-vindas às críticas ao PCdoB (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Apoios oficiais e ainda em estudo foram recebidos com ironia e desdém pelos candidatos a prefeito de Belo Horizonte. João Leite, que disputa o segundo turno pelo PSDB, deve receber o apoio do prefeito Marcio Lacerda (PSB), cujo candidato, o vice-prefeito Délio Malheiros (PSD), ficou em quinto lugar no primeiro turno. A possibilidade de aliança, porém, não foi recebida com muito entusiasmo pelo tucano, que criticou duramente a atual gestão na primeira etapa da campanha. Délio, por sua vez, deve anunciar oficialmente o apoio a João Leite. Segundo ele, é uma decisão pessoal e não partidária. “Meu voto será dele e vou torcer para ele ganhar.” Alexandre Kalil, candidato do PHS, recebeu também sem muito entusiasmo o apoio do PCdoB, que no primeiro turno disputou a prefeitura coligado com o PT. A deputada federal Jô Moraes foi candidata a vice-prefeita na chapa do seu colega de Câmara Reginaldo Lopes (PT), que terminou a eleição em quarto lugar.


Nova rodada de críticas

O candidato do PSDB à Prefeitura de BH, João Leite, desdenhou ontem um possível apoio do prefeito Marcio Lacerda (PSB) à sua candidatura no segundo turno. Em visita ao Barreiro, o tucano afirmou que é o candidato “da mudança da gestão em BH” e fez novas críticas à atual administração. Na semana passada, o candidato se encontrou com Lacerda, mas, segundo a assessoria do socialista, o prefeito ainda não anunciou seu apoio, mas deve seguir com os tucanos, que eram seus aliados no comando da prefeitura até pouco antes do início da campanha.

Apesar disso, ao ser questionado se aceitaria o apoio de Lacerda, João Leite disse respeitá-lo, mas o que quer mesmo receber é o das pessoas. “Tenho compromisso com as pessoas de BH, com as crianças, com os idosos e as pessoas que enfrentam a fila do SUS. Essa é a aliança e esse é o apoio permanente de que preciso”, disse.

João Leite afirmou que quem tem que responder sobre quem vai apoiar é o prefeito. “Gostaria do apoio de todos, especialmente daqueles que falam comigo e mostram as dificuldades que vêm vivendo em BH. A decisão de votar é livre das pessoas, isso está no 5º artigo da Constituição brasileira, nos direitos e garantias fundamentais”, ironizou. O candidato disse ainda ser alguém “diferente”, que pensa e dialoga com as pessoas.

Até as vésperas do registro das candidaturas, o PSDB fazia parte do governo Marcio Lacerda. Os tucanos tentaram trazer o apoio do prefeito para João Leite, mas o socialista se negou e insistiu em lançar a candidatura do engenheiro Paulo Brant. No último dia do registro, porém, sem conseguir a adesão de outros partidos, Lacerda migrou para a candidatura do vice-prefeito Délio Malheiros (PSD), que acabou em quinto lugar nas urnas.

O tucano disse ter conversado com uma senhora que espera por cirurgia há mais de um ano e com um comerciante que viu seu espaço ser invadido por um ponto de ônibus articulado, que dificultou suas vendas. “Não é possível fazer as coisas sem conversar com a cidade e com os comerciantes”, criticou.

João Leite caminhou pela Avenida Sinfrônio Brochado, a principal do Barreiro, e conversou com os comerciantes. O candidato afirmou que, se eleito, a prefeitura será parceira dos comerciantes, facilitando os empreendimentos. Disse ainda que vai criar linhas de transporte de bairro a bairro para melhorar o deslocamento na cidade e reduzir a estrutura administrativa do município. “Teremos uma máquina enxuta, uma máquina pequena, que gasta pouco para a gente ter dinheiro para gastar com as pessoas”, afirmou João Leite.

Recuo depois dos elogios

O PCdoB anunciou ontem apoio ao candidato à Prefeitura de BH Alexandre Kalil (PHS), neste segundo turno. Segundo o partido, a decisão tem por objetivo combater “forças golpistas”. Questionado sobre a decisão do PCdoB, Kalil disse que o apoio na verdade não é a ele, mas contra João Leite (PSDB). “Eles soltaram uma nota dizendo que onde o João Leite estiver eles estarão do outro lado, o que é muito bem-vindo. Ter uma aliada com a singeleza e a delicadeza da Jô Moraes é um negócio muito bacana. A Jô é minha amiga há muito tempo, eu gosto muito dela e o PCdoB será muito bem-vindo.” Jô foi candidata a vice-prefeita na chapa encabeçada por Reginaldo Lopes (PT). O PT deve seguir neutro.

Horas depois, porém, Kalil soltou um vídeo nas redes sociais criticando a carta de apoio do PCdoB, que cita a defesa do governador Fernando Pimentel e tacha o PSDB como golpista como motivos para apoiar o candidato do PHS.

“Não sou candidato de partido nenhum. Não coloquem partidos no meu peito. Não coloque estrela no meu peito, não colo em partido. Se é golpismo, eu estou fora dessa briga de golpista ou não golpista. O que me interessa é você que é indeciso, que tem a responsabilidade de votar pra ajudar a população de Belo Horizonte”, disse Kalil no vídeo postado em seu perfil no Facebook.

O ex-presidente do Atlético também ironizou o provável apoio do prefeito Márcio Lacerda a João Leite. “O João Leite vai ter que falar agora que tudo que ele esculhambou na prefeitura, da qual ele fez parte. Era mentira. Agora ele não pode mais argumentar que a prefeitura é um lixo, o que é mesmo. Mas ele vai dar um jeito. Esses políticos antigos tudo dão um jeito, eles têm uma facilidade para inventar impressionante”, criticou.

Em nota, o PCdoB diz saber que Kalil construiu um discurso contra a política no primeiro turno, “um discurso que não ajuda na construção e resistência democrática”, mas considerou que ele pode impor uma derrota aos tucanos. O partido informou que vai entregar ao ex-cartola uma lista de 15 propostas para áreas diversas. Segundo Zito Vieira, presidente do PCdoB da capital, depois do feriado, o deputado federal Orlando Silva, ex-ministro dos Esportes, virá a BH se encontrar com Kalil.

O ex-cartola se encontrou ontem com representantes de entidades de cuidadores de idosos e também com auditores e procuradores do município. Segundo ele, o programa da prefeitura para cuidados com idosos está ultrapassado e precisa ser revisto. Kalil prometeu  enxugar a máquina para sobrar mais recursos para investir em áreas mais carentes.

 

 


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