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Estado de Minas

Presidente diz que Conselho de Ética trabalhará mais tranquilo após afastamento


postado em 05/05/2016 12:19 / atualizado em 05/05/2016 12:47

Brasília - O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), afirmou nesta quinta-feira, 5, que o colegiado vai trabalhar "com mais tranquilidade" após o Supremo Tribunal Federal (STF) afastar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato parlamentar e, consequentemente, da presidência da Casa.

O peemedebista é alvo de processo por quebra de decoro parlamentar no colegiado. O processo se arrasta desde novembro do ano passado em razão de manobras feitas por Cunha e aliados para atrasar o processo. Os recursos foram um dos motivos que levaram o STF a determinar o afastamento do peemedebista.

"Acredito que o Conselho de Ética vá trabalhar com mais tranquilidade agora. O grande entrave para o trabalho do Conselho eram as manobras do presidente da Câmara para tentar atrapalhar o processo", afirmou Araújo. Segundo ele, o colegiado vai poder trabalhar sem "sobressaltos" enquanto durar o afastamento.

Araújo afirmou ainda que o processo de Cunha vai seguir seu trâmite "normalmente". De acordo com o parlamentar, mesmo afastado, Eduardo Cunha poderá ser ouvido pelo conselho. Atualmente, o processo do peemedebista no colegiado está na fase de oitiva de testemunhas e coleta de provas, que deve encerrar em 19 de maio.

O presidente do Conselho de Ética disse acreditar que novas testemunhas, que tinham recusado depor "com receio" de retaliações, poderão aceitar depor no processo contra Cunha. O peemedebista é alvo de processo sob acusação inicial de ter mentido à CPI da Petrobras sobre não possuir contas bancárias não declaradas no exterior. Ele nega.

Em um recado direto ao deputado Waldir Maranhão (PP-MA), que assumiu a presidência interina da Câmara, Araújo disse não acreditar que o substituto de Cunha vá fazer "as mesmas manobras". Durante o processo, Maranhão, que é aliado do peemedebista, já tinha emitido decisões favoráveis ao peemedebista.

Na última decisão, limitou a investigação do conselho à suposta existência de contas bancárias não declaradas no exterior. Dessa forma, decidiu que o colegiado não poderá investigar Cunha por suspeitas de recebimento de propina, conforme acusam delatores ouvidos pela força tarefa da Operação Lava-Jato.


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