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Estado de Minas

PF reage às declarações de novo ministro da Justiça que afirma que não vai tolerar vazamentos

Eugênio Aragão disse ainda que, se houver vazamentos, toda a equipe será trocada: "Não preciso de provas". Entrevista foi concedida ao jornal Folha de São Paulo


postado em 19/03/2016 16:28 / atualizado em 19/03/2016 16:50

Eugênio Aragão tomou posse na quinta-feira (17/03) no lugar do ex-ministro Wellington César Lima e Silva, que ficou apenas 11 dias no cargo(foto: José Cruz / Agência Brasil )
Eugênio Aragão tomou posse na quinta-feira (17/03) no lugar do ex-ministro Wellington César Lima e Silva, que ficou apenas 11 dias no cargo (foto: José Cruz / Agência Brasil )
A Polícia Federal reagiu às declarações que o novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, concedeu ao Jornal Folha de São Paulo neste sábado (19/03). "Cheirou vazamento de investigação por um agente nosso, a equipe será trocada, toda. Não preciso ter prova. A Polícia Federal está sob nossa supervisão", disse Aragão.

O presidente da Associação de Delegados da Polícia Federal (ADPF), Carlos Eduardo Miguel Sobral, afirmou que a entidade não compactua com essa prática e que a fala de Aragão revela uma intenção de acabar com a Operação Lava Jato. "Nós lamentamos profundamente as frases do ministro da Justiça, que disse que trocará a equipe da investigação Lava Jato sem qualquer prova, sem qualquer apuração, sem qualquer indício de que há vazamento”, afirmou Sobral ao jornal. Segundo ele, a entidade avalia tomar medidas judiciais para evitar qualquer tipo de afastamento.

A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) também se manifestou e informou à "Folha" que espera que o novo ministro atue para buscar o equilíbrio dos ânimos internos da PF.

O ministro também criticou delações premiadas de presos. Para Eugênio Aragão, prisões não devem ser usadas como método para obtenção de acordos de delação e que as colaborações com a Justiça devem ser espontâneas. "Se não houver voluntariedade, elas podem perder a validade", afirmou em entrevista à "Folha"

Eugênio Aragão tomou posse na quinta-feira (17/03) junto com o ex-presidente Lula, que assumiria o cargo de ministro da Casa Civil. No entanto, a nomeação do petista foi suspensa pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.


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