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Estado de Minas

Ministro do TCU evita fazer previsões para julgamento das contas do governo Dilma

Prazo para envio de informações requisitadas pelo órgão termina no dia 28


postado em 17/08/2015 20:39

O ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, evitou nesta segunda-feira fazer previsões para o julgamento das contas do governo Dilma Rousseff (PT). O prazo para o envio de informações requisitadas pelo órgão, sobre decretos baixados pelo governo liberando recursos sem autorização do Congresso Nacional, termina no próximo dia 28. A partir daí, a equipe técnica do TCU terá 15 dias para emitir um parecer e encaminhá-lo a Nardes, que é relator das contas de 2014 da presidente. De acordo com ele, antes mesmo das contas, poderão ser julgadas as chamadas “pedaladas fiscais”, com uma possível penalização do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Pedaladas fiscais são práticas adotadas pelo governo para cumprir as metas fiscais, como o atraso em repasses para instituições financeiras públicas e privadas que financiariam despesas como benefícios sociais e previdenciários. “Mas tão importante ou mais importante que as pedaladas é o contingenciamento (de R$ 28 bilhões) que caberia à presidente fazer e ela não fez. São coisas que têm que ser explicadas, e por isso estamos dando o direito de ampla defesa. Mas não dá para analisar tudo de forma separada, pois pode impactar na aprovação ou reprovação das contas da presidente”, afirmou o ministro, que esteve em Belo Horizonte para participar do seminário Governança e Competitividade, promovido pela Ouvidoria Geral do Estado (OGE).

O ministro garantiu que ainda não formulou seu voto e não tem como afirmar se os erros fiscais foram provocados por má-fé ou desconhecimento técnico. Ele preferiu não comentar a defesa, especialmente pela oposição, do impeachment da presidente. “O nosso parecer é técnico, a questão do impeachment é no Congresso”, disse.

Na palestra na capital mineira, Augusto Nardes citou a Petrobras como exemplo de falta de governança pública. Segundo ele, há pelo menos oito anos o TCU vinha alertando o governo sobre irregularidades na Petrobras. “É uma empresa de muita importância para o país, avisamos o que estava acontecendo e não foram tomadas as medidas necessárias Faltou governança na Petrobras. E isso não é problema da União somente. O problema está em toda parte”, discursou.

O ministro disse ainda que o Brasil está em um “navio”, como o Titanic. “Mas nós sabemos o que vai acontecer lá na frente. Há tempo de desviar do iceberg”, afirmou. Para ele, o início desse desvio é o ajuste fiscal anunciado pelo governo.


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