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Estado de Minas MINISTÉRIO PÚBLICO

Procurador-geral nega golpe nas investigações da Operação Lava-Jato

De acordo com Janot, até agora já responde por R$ 6 bilhões entre valores repatriados, bloqueados em instituições financeiras e depositados judicialmente


postado em 08/08/2015 00:12 / atualizado em 08/08/2015 07:37

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, rebateu ontem críticas de que a Operação Lava-Jato tenha cunho político e objetivo de impulsionar um golpe que estaria em curso no país contra a presidente Dilma Rousseff (PT). “Não temos nada a ver com panelaço”, disse ele, depois de declarar ser a atividade do Ministério Público técnica. “Fazemos investigação técnica. Não fazemos atuação escolhendo investigado”, disse em resposta implícita ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que tem reclamado ser alvo de Janot em conluio com o Palácio do Planalto para enquadrá-lo. Em depoimento, o empresário Júlio Camargo, um dos delatores da Lava-Jato, acusado Cunha de receber US$ 5 milhões em propina. Janot considerou as instituições brasileiras “maduras” para enfrentar os desdobramentos da Lava-Jato. Segundo ele, a República está fortalecida. “A lei existe para todos”, disse, ao proferir ontem à noite aula magna na Escola Superior Dom Helder Câmara, em Belo Horizonte.

De acordo com Rodrigo Janot, até agora a Operação Lava-Jato já responde por R$ 6 bilhões entre valores repatriados, bloqueados em instituições financeiras e depositados judicialmente. O valor equivale a duas vezes o orçamento do MP. Apesar de admitir sofrer pressões em seu trabalho, ele considerou estar agindo dentro das atribuições do Ministério Público. “Não perdi uma hora de sono. Durmo e durmo bem.” Em resposta às críticas à delação premiada, Janot disse ser esse instrumento usado em vários países e ser pouco compreendido. Segundo ele, o “colaborador” indica todas as circunstâncias em que o crime se deu o que facilita a construção das provas. “E muito”. disse.

CUNHA

O presidente da Câmara acusa Rodrigo Janot, de sonegar até mesmo ao Supremo informações sobre a coleta de provas e fases das investigações contra o peemedebista no inquérito que apura sua suposta participação no esquema de corrupção da Petrobras. Em manifestação enviada ontem ao STF, os advogados do deputado pedem para ter acesso aos dois depoimentos e a eventuais provas produzidas com auxílio do lobista Júlio Camargo. Segundo o ex-procurador-geral da República e advogado de Cunha, Antônio Fernando de Souza, Camargo já estaria colaborando com o MPF sobre a ligação do parlamentar com o escândalo há quatro ou cinco meses, e não foi feita referência a isso no processo. “O próprio procurador-geral da República reconhece já ter realizado atos investigatórios (sobre Cunha)”, argumentam os advogados. Os depoimentos de Camargo prestados em Brasília permanecem em sigilo até o momento. A defesa de Cunha quer que toda a investigação realizada pela PGR sobre Cunha, especialmente os depoimentos de Camargo, seja juntada no caso que tramita no STF.


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