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Estado de Minas

Oposição se mobiliza em domingo de protestos


postado em 15/03/2015 06:00 / atualizado em 15/03/2015 07:13

Paulo de Tarso Lyra

Os atos convocados neste domingo pelas redes sociais para protestar contra o governo têm, em sua ampla maioria, o viés em prol da abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. É o que garante um dos organizadores dos protestos, o presidente nacional do Solidariedade e da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. “Tem muita gente querendo muita coisa. Mas o que une todos nós é a defesa do impeachment”, confirmou ele.

Paulinho espera um público nas ruas das capitais brasileiras superior ao verificado nas manifestações de junho de 2013. Em São Paulo, por exemplo, ele acredita ser possível reunir 500 mil pessoas – dois anos atrás foram cerca de 330 mil, na avaliação da Polícia Militar. “Mas tudo isso é expectativa, já que as convocações foram feitas pelo Facebook”, admitiu ele logo em seguida.

Os organizadores também se prepararam para evitar clima de confronto, o que, na opinião deles, atrapalhará os protestos. Em todos os estado, houve uma combinação prévia entre a organização e as respectivas secretárias estaduais de Segurança para se buscar impor limites de ação. Em São Paulo, por exemplo, os 11 carros de som que serão estacionados ao longo de toda a Avenida Paulista só seguirão para o local após uma vistoria e a autorização expressa das autoridades, o que acontecerá ao lado do Pacaembu.

Para evitar questionamentos do governo de que a oposição está promovendo um movimento antidemocrático, Paulinho afirma que, embora presentes nos atos de hoje, os “militaristas”, como ficaram conhecidos os defensores da volta dos militares ao poder, estão em minoria. “Eles vão estacionar o carro de som deles próximo à Avenida Brigadeiro Faria Lima, pois querem depois seguir em direção à sede do 2º Exército”, explicou ele.

Além dos defensores do impeachment e da volta do regime militar, estarão presentes nas ruas manifestantes contrários à política econômica, à corrupção na Petrobras, cantando músicas contrárias ao PT e ao governo federal. Em uma delas, uma paródia à música Para não dizer que não falei das flores. O refrão original dizia: “Vem vamos embora, que esperar não é saber”. Pela nova versão, ficará assim: “Dilma vai embora, e leva o PT junto com você”, segundo Paulinho.

Principal partido de oposição ao Planalto, o PSDB decidiu, na semana que passou, fechar apoio formal às manifestações. Mas, cautelosas, as principais lideranças evitaram expressar concordância explícita com a tese do impeachment. “O impeachment não está na agenda do PSDB”, confirmou o presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (MG).

Aécio também deixou transparecer, ao longo da semana, que não participará pessoalmente dos atos, como uma forma de evitar as críticas de que os tucanos desejam promover um terceiro turno das eleições presidenciais. “Mas defendemos o direito à manifestação, já que é inadmissível um partido político (o PT) querer ditar contra o que as pessoas podem ou não reclamar”, acrescentou.


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