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Estado de Minas

Ex-vereadores indicam "afilhados" para cargos na Câmara de BH

Hoje deputados, Luis Tibé (PTdoB) e João Vítor Xavier (PSDB) são responsáveis pela indicação de apadrinhados no Legislativo municipal a vagas que não precisam de concurso. Parlamentares negam


postado em 25/11/2014 06:00 / atualizado em 25/11/2014 08:34

Nunca o passado foi tão forte na Câmara de Belo Horizonte. Ex-vereadores que viraram deputados continuam com poder na Casa usando para isso a indicação de apadrinhados a cargos na estrutura administrativa do Legislativo. Na Câmara, 83 postos são de recrutamento amplo – sem necessidade de concurso –, com salários que variam de R$ 1.627,14 a R$ 11.997,18. Os vereadores têm influência ainda na ocupação de cargos em empresas terceirizadas que prestam serviço à Casa.

Luis Tibé (PTdoB), vereador na capital entre 2009 e 2012, ano em que foi eleito para a Câmara dos Deputados, é o campeão das nomeações. Cerca de 20 ocupantes de cargos de recrutamento amplo na Casa foram contratados a pedido do deputado ao presidente da Câmara Municipal, Léo Burguês, que no ano passado deixou o PSDB e se filiou à legenda de Tibé.

Outro ex-vereador, o deputado estadual João Vítor Xavier (PSDB), que exerceu o mandato em 2009 e 2010, quando venceu a disputa por cadeira na Assembleia Legislativa, permanece forte na Câmara. O parlamentar mantém indicados via empresas terceirizadas. São pelo menos nove afilhados. A maioria no setor de produção de eventos. Por contratos com esse formato, a Câmara tem cerca de 350 cargos, com salários entre R$ 687,50 a R$ 6.249,83.

Entre os setores com cargos ocupados por indicados de Luís Tibé estão o de publicidade, pelo qual passa a maior parte dos contratos fechados na área de comunicação, e o de informática, responsável pelo processamento de dados da Casa. “É lenda. Quando era vereador indiquei algumas pessoas que ficaram. Não passa disso”, garantiu o parlamentar do PTdoB. “O que pode ter acontecido é o presidente ter perguntado sobre o pessoal e a gente afiançar”, disse o tucano.

João Vítor afirmou que a responsabilidade de todas as contratações é da presidência da Casa. “Quem trabalha lá, e que supostamente, nessa linha, ‘ah, foi indicação do João’, nem tem mais relação comigo. Tem com o Léo (Burguês)”, afirmou o ex-vereador.

Tanto João Vítor quanto Tibé iniciaram a carreira política como vereadores na Câmara de Belo Horizonte. O hoje deputado estadual conquistou o eleitorado como jornalista de esporte de uma rádio local. Luís Tibé se lançou na vida pública com a fundação de uma organização não governamental (ONG) na Região Nordeste da capital mineira. A entidade fornece cursos de qualificação profissional e serviços como orientação jurídica e fornecimento, em parceria com a União Brasileira de Estudantes Nacionais (Uben), de carteiras para desconto de 50% em cinemas e shows.


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