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Estado de Minas

Aécio critica a "autoridade perdida" da presidente Dilma

Para Aécio Neves, Dilma não tem mais condições de governar após escândalos da Petrobras


postado em 14/09/2014 06:00 / atualizado em 14/09/2014 07:45

Entre Pimenta da Veiga e Antonio Anastasia, o presidenciável Aécio Neves participa de carreata em Belo Horizonte, apoiado por correligionários e simpatizantes do PSDB (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press )
Entre Pimenta da Veiga e Antonio Anastasia, o presidenciável Aécio Neves participa de carreata em Belo Horizonte, apoiado por correligionários e simpatizantes do PSDB (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press )

O escândalo do esquema de propina na Petrobras voltou a ser tema na campanha presidencial. O candidato do PSDB a presidente da República, senador Aécio Neves, acusou o governo Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, de ser alvo de uma denúncia a cada semana e “cada uma mais grave que a outra” e disse que a petista, candidata à reeleição, perdeu a “autoridade moral” para disputar mais um mandato. “O Brasil não merece viver com sustos como esse. Nós temos que resgatar o padrão ético na Presidência da República. Nós temos que resgatar a capacidade do Estado de oferecer serviços de melhor qualidade”, afirmou Aécio, pouco antes de participar de carreata em Belo Horizonte.

As declarações foram dadas em resposta a pergunta de jornalista sobre reportagem publicada neste fim de semana pela revista Veja dizendo que o PT teria pago, em dólares, para que um grupo de criminosos não revelasse dados sobre um desfalque milionário promovido pelo partido nos cofres das Petrobras. Entre os envolvidos estariam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro-chefe da Casa Civil Gilberto Carvalho. “O governo brasileiro não pode ser alvo permanente de tantos ataques e de tantas denúncias em razão de tantos malfeitos. Aliás, eu acho que essa expressão aí já é um equívoco semântico, porque malfeito é muito pouco para a gravidade daquilo a que nós estamos assistindo acontecer na máquina estatal”, completou Aécio. O termo “malfeito” costuma ser usado por Dilma sempre que é confrontada com denúncias de corrupção em seu governo.

O tucano disse ter respeito por todos os adversários nestas eleições, mas afirmou que Dilma perdeu as condições de governabilidade, enquanto Marina Silva, que disputa o cargo pelo PSB, nem as adquiriu. “Governar é muito mais do que ter boas intenções, até porque todos nós as temos”, disse Aécio.

O tucano descartou a possibilidade de não chegar ao segundo turno. “Vamos estar no segundo turno. Não sei com quem. E vamos estar porque a mudança somos nós”, disse. Ele reforçou que o Brasil não pode correr “novos riscos”, até porque o governo não é “local para aprendizagem” e que vai vencer a disputa para “salvar o Brasil”.

Genocídio Ao chegar à Praça do Papa, em Belo Horizonte, Aécio anunciou no palanque montado no local que, se eleito, vai implementar um conjunto de 37 medidas para a inserção dos jovens no mercado de trabalho e o combate a qualquer tipo de discriminação ou racismo. Entre elas, a destinação de 30% das vagas de concurso público municipal, estadual e federal para afrodescendentes e indígenas, a adoção de campanhas e projetos de conscientização, a transformação de 20 de novembro, dia da conscientização negra, em feriado nacional e a criação de um fundo de promoção da igualdade racial.

O candidato reclamou que o país vive hoje um “genocídio” de jovens negros, especialmente na periferia. Segundo ele, dos 56 mil assassinatos cometidos em todo o país no ano passado, 30 mil foram de jovens negros. “Temos que enfrentar isso com políticas de inclusão e um combate sem trégua ao crime”, defendeu. Aécio disse ainda que a discriminação e o racismo são crimes e que é preciso lutar para que os infratores sejam punidos.  Presente no evento, o presidente do Tucanafro Nacional, Juvenal Araújo, convidou os participantes para um pacto pelo fim do racismo no Brasil.


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