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Estado de Minas

Candidatos ao governo de MG disputam paternidade do Orçamento Participativo

Pimenta da Veiga disse que a primeira experiência de consulta à população para definição de obras foi feita em seu governo com o Programa Participativo de Obras Prioritárias (Propar)


postado em 26/08/2014 06:00 / atualizado em 26/08/2014 08:11

Ao lado de Lincoln Lopes, da Associação Médica, Pimenta afirmou que o primeiro OP foi em seu governo(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Ao lado de Lincoln Lopes, da Associação Médica, Pimenta afirmou que o primeiro OP foi em seu governo (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

A paternidade do Orçamento Participativo voltou a ser tema de disputa ontem na campanha para o governo de Minas. O candidato do PSDB, Pimenta da Veiga, disse que seu principal adversário na corrida eleitoral, Fernando Pimentel (PT), tenta mudar o passado ao afirmar que o programa, que prevê a escolha de obras pela população, foi implantado em Belo Horizonte pelo PT. “Querer mudar a realidade não fica bem para um candidato”, disse o tucano.

Pimenta se reuniu nessa segunda-feira no início da tarde com representantes da Associação Médica de Minas. Antes, em Venda Nova, Pimentel, ao visitar uma avenida em Venda Nova (Região Norte) incluída no Orçamento Participativo quando o PT estava na prefeitura, no final dos anos 90, afirmou que o programa pode ser usado no plano estadual. Segundo Pimenta, a primeira experiência de consulta à população para definição de obras foi feita em seu governo com o Programa Participativo de Obras Prioritárias (Propar). O candidato foi prefeito da capital por pouco mais de um ano, de 1º de janeiro de 1989 a 1º de abril de 1990, quando deixou o cargo para disputar o governo de Minas.

Pimente visitou obra realizada com verba da OP e disse que programa pode ser usado no plano estadual(foto: Fernando cavalcanti/Divulgação)
Pimente visitou obra realizada com verba da OP e disse que programa pode ser usado no plano estadual (foto: Fernando cavalcanti/Divulgação)

Segundo Pimentel, a obra em Venda Nova é a milésima do Orçamento Participativo em Belo Horizonte. “Isso tem importância grande para nós e para a cidade porque demonstra o sucesso de um modelo de administração. Essa obra, me lembro bem, foi feita em quatro etapas sucessivas do OP. Começou em 1999 e depois, sucessivamente, foram aprovadas outras etapas da obra.” “O OP ainda é praticado em BH e nas cidades administradas pelo campo democrático popular e é perfeitamente possível fazer no estado de forma regionalizada”, acrescentou.

Saúde

Pimenta da Veiga admitiu ontem haver confusão em Minas Gerais em relação aos grupos políticos que disputam o governo do estado. Ao menos em parte a dificuldade ocorre porque o senador Aécio Neves (PSDB), que disputa a Presidência da República, se uniu a Fernando Pimentel para a primeira eleição de Marcio Lacerda (PSB) como prefeito de Belo Horizonte, em 2008. A união, ainda hoje, estaria fazendo com que eleitores acreditassem que Aécio e Pimentel, hoje adversários, permaneceriam como aliados. “Pode ser que hoje ainda exista alguma confusão, mas nas semanas que faltam para a eleição tudo vai ser feito em torno do número (dos partidos)”.

O candidato, no entanto, confundiu os algarismos das legendas. “Quem é do PT está de um lado. Quem usa o 15, está do nosso lado”. O número do PSDB, no entanto, é o 45. O 15, na verdade, é o do PMDB, que participa da chapa do PT, com a indicação do vice, o deputado federal Antonio Andrade. Na avaliação de Pimenta, Pimentel tenta esconder seus correligionários, incluindo a presidente Dilma Rousseff. “A chapa adversária quer esconder seus aliados. Da nossa parte, temos grande honra de fazer campanha ao lado de (Antonio Augusto) Anastasia e Aécio Neves”, afirmou.

Ao comentar a possível confusão entre o atual status de relacionamento dos ex-aliados, Pimentel disse ser preciso respeitar o eleitor do estado. “O voto do mineiro não tem dono. Aqui não tem rei, não tem imperador. Não tem ninguém que diga que Minas vai votar deste ou daquele jeito. Se é assim, temos de respeitar a escolha do eleitor. Não sei qual vai ser a escolha. Trabalho na campanha da presidente Dilma (Rousseff) para reelegê-la. Sou companheiro e amigo dela, sou do mesmo partido e acredito firmemente na importância da eleição da presidente para o Brasil e para Minas Gerais. O voto do mineiro irá para onde o mineiro achar melhor.”, afirmou.

No encontro com o presidente da Associação Médica, Lincoln Lopes Ferreira, Pimenta afirmou, ao responder à pergunta sobre o programa Mais médicos, do governo federal, ser favorável a todos os esforços para que se leve a medicina a todos os lugares. O candidato, no entanto, afirmou que profissionais estrangeiros que participam do programa têm que passar pelo Revalida, uma prova aplicada por instituições de ensino do país. A posição é a mesma das associações médicas do país. O candidato disse ainda que, se eleito, pretende manter o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), criado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 


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