A Assembleia Legislativa de Minas e a Câmara Municipal de Belo Horizonte aproveitaram o recesso parlamentar para fazer obras de recuperação em suas sedes. Enquanto o Legislativo estadual está restaurando o mobiliário tombado, no Legislativo da capital, estão sendo feitas obras de reestruturação do sistema de audiovisual. Palcos de reuniões, os plenários das duas Casas se transformaram em canteiro de obras, que devem ser concluídas até fevereiro, quando deputados e vereadores voltam ao trabalho.
As mudanças na Câmara vão custar aos cofres públicos R$ 5,29 milhões. A estimativa é de que seja investido, só no Plenário Amintas de Barros, o principal da Casa, R$ 1,9 milhão. A vencedora da licitação, concluída em setembro, foi a empresa Projessom Projetos e Instalação de Som Ltda. No momento, estão sendo instalados novos cabos de transmissão de som e novos alto-falantes.
Além dos plenários, as sessões podem ser ouvidas nos gabinetes e corredores, que também passarão por intervenções para modernização. As obras devem ser entregues em abril. Além de fornecer e instalar os equipamentos de áudio e video, a empresa será responsável pela capacitação e treinamento dos servidores que vão operar os equipamentos e fazer manutenções.
A justificativa para o investimento, de acordo com o chefe da sessão de som e imagem da Câmara, Edgar Gomes, é que o sistema atual de captação e transmissão é antigo. “Ainda é feito por VHS.Desde 2003 que nós temos esse sistema. Não estamos encontrando VHS no mercado para comprar. Quando o equipamento estraga não tem peça de reposição no mercado”, acrescentou.
O coordenador da TV Câmara, Guilherme Minassa, observou que as mudanças são necessárias para a implantação do sinal digital aberto. “Nós estamos entrando no sinal digital aberto. A Câmara vai integrar a rede legislativa de TV”, afirmou. Para isso, no entanto, mais gastos estão previstos. Um novo pregão será anunciado em breve para a compra de fibra ótica que vai ligar a TV Câmara à Assembleia.
SALÕES
Enquanto os corredores da Assembleia estão vazios devido ao recesso dos parlamentares, o plenário da Casa passa por reforma. Restauradores trabalham no reparo do mobiliário tombado pela Fundação Municipal de Cultura (FMC) e de outros bens de valor histórico que ficam em diversos salões. Neste mês, 18 mesas foram recolhidas do plenário e devem retornar na próxima semana. Os serviços são feitos em lotes e serão concluídos em abril, quando acaba o contrato de um ano com a empresa vencedora da licitação. A recuperação das peças custará R$ 627 mil à Casa.
Ao todo, 251 móveis serão restaurados, entre sofás, poltronas, cadeiras e mesas. Um painel de madeira, da Sala do Presidente, também passará por recuperação. A reforma será feita de acordo com a fabricação original das peças, com a troca do revestimento de couro e outros serviços, como consertos na espuma, na madeira e em partes mecânicas. As atividades começaram em abril do ano passado. Em novembro, várias mesas do plenário, como as de deputados e de taquigrafia, foram retiradas. A previsão é que em fevereiro os últimos bens sejam levados para a conservação: 72 cadeiras, sofás e poltronas de várias salas. Segundo a assessoria de imprensa da Assembleia, não é todo o mobiliário tombado que passará pela restauração, mas apenas o que apresente algum dano.
Do lado de fora do Palácio da Inconfidência, também há obras. Na entrada pela Praça da Assembleia, uma rampa de acesso está quase pronta para inauguração. Antes, pessoas com mobilidade reduzida tinham apenas a alternativa de usar um elevador hidráulico. A rampa foi construída ao lado da escadaria, e a expectativa é que facilite a circulação do público. Ela deve ser inaugurada quando os trabalhos legislativos forem retomados.