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Estado de Minas

Suspeita de diplomas fraudados


postado em 19/10/2013 06:00 / atualizado em 19/10/2013 07:06

Uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada ontem respinga na principal vitrine da presidente Dilma Rousseff que será apresentada na campanha da reeleição do próximo ano: o programa Mais Médicos. Resposta do Palácio do Planalto às manifestação populares que tomaram as ruas do país em junho e cobravam, entre outras demandas, melhorias na saúde pública, a iniciativa se tornou alvo de pessoas acusadas de terem diplomas de medicina fraudados. A PF investigou 41 suspeitos. Dois atuavam irregularmente na Bahia e no Amazonas, e parte desse grupo tentou ingressar no programa federal por meio de ações judiciais.


Os investigados, que pretendiam revalidar os certificados estrangeiros na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), dizem que se formaram na Bolívia. Por o país vizinho não ter uma proporção de médicos por habitantes inferior à do Brasil (1,8 profissionais por mil pessoas), seus profissionais são impedidos de participar do programa brasileiro. Por isso, muitos tentam ingressar na iniciativa por meio judicial. Alguns dos falsos médicos que foram alvo da Operação Esculápio chegaram a receber liminares favoráveis da Justiça para atuar no Mais Médicos.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse ontem que, embora alguns tenham conseguido liminar favorável, a fraude não afeta o programa, porque a União está recorrendo de todas as ações nesse sentido. Até ontem, segundo a Advocacia Geral da União (AGU), havia 37 processos que pediam a inscrição de pessoas formadas em medicina em países com menos de 1,8 médicos por mil habitantes. Do total, seis ações foram deferidas.

Após intimação, os suspeitos de terem diplomas falsos começaram a depor ontem na PF. Caso sejam denunciados à Justiça, podem responder por falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Os investigados, 38 brasileiros e três bolivianos, dizem ter se formado em três universidades do país vizinho.


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