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Estado de Minas

Presidente Dilma tem primeiro encontro com Obama "após crise" longe dos holofotes

À margem da cúpula do G20, presidentes se encontram na Rússia


postado em 06/09/2013 06:00 / atualizado em 06/09/2013 08:25

A presidente Dilma Rousseff se reuniu ontem com o colega norte-americano, Barack Obama, para discutir a crise entre os dois governos deflagrada pelas denúncias de espionagem. Obama teria tentado amenizar o evidente mal-estar e acalmar Dilma, que, de acordo com documentos divulgados esta semana, foi alvo direto de ação do serviço secreto dos Estados Unidos. O encontro ocorreu à noite, paralelamente à cúpula do G20, em São Petersburgo (Rússia).

Sem receber as informações formais e por escrito que exigiu dos EUA, o governo brasileiro adiou, na parte da manhã, a viagem da comitiva que organizaria a visita oficial da presidente a Washington. Durante toda a semana, conversas no Planalto indicaram que Dilma poderia suspender ou cancelar a visita, marcada para 23 de outubro, como forma de ressaltar a desaprovação à intervenção americana. A espionagem também foi abordada na reunião dos líderes do Brics — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Citado pela agência Reuters, um porta-voz do Kremlin afirmou que os Brics compararam "incidentes de espionagem eletrônica a terrorismo".

Em comunicado breve, a Casa Branca evitou dar detalhes sobre o encontro entre os presidentes, mas informou que eles se reuniram no intervalo entre a primeira plenária do G20 e o jantar oficial. Ambos chegaram ao evento sozinhos e com cerca de 20 minutos de atraso. Horas antes, durante a sessão de abertura da cúpula, Dilma e Obama sentaram-se lado a lado e não esconderam o desconforto. O vice-conselheiro de Segurança Nacional para Comunicações Estratégicas da Casa Branca, Ben Rhodes, havia adiantado que Obama explicaria pessoalmente a ação da Agência de Segurança Nacional (NSA, pela sigla em inglês) para a brasileira. "Entendemos como isso é importante para os brasileiros", disse ele. "Trabalharemos para que tenham uma compreensão melhor do que fazemos e do que não fazemos."

De acordo com o Itamaraty, até o momento, o Brasil não recebeu qualquer documento dos EUA que respondesse ao pedido de explicações formais.


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