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Estado de Minas

PSD mineiro está dividido entre Dilma e Aécio


postado em 16/07/2013 06:00 / atualizado em 16/07/2013 07:08

A ala do PSD mineiro ligada ao senador Aécio Neves (PSDB) já se mobiliza para tentar levar o apoio da legenda no estado para o tucano no embate político do ano que vem. Saídos de uma intervenção nacional, que levou a decisão sobre o posicionamento do partido na eleição do ano passado à Justiça, eles querem do atual presidente Gilberto Kassab uma garantia de que não vai haver interferência em 2014. Caso não a tenham, prometem debandar para outra legenda até o fim de setembro. Em busca da adesão das bases partidárias, os parlamentares reuniram ontem prefeitos e vereadores em um hotel em Belo Horizonte, onde pregaram o “fim do autoritarismo no PSD”.


Nos discursos, os deputados estaduais e o federal deixaram claro que o evento foi uma resposta ao presidente estadual do PSD, Paulo Simão. Segundo disseram, ele os chamou em seu escritório no mês passado para comunicar que o partido apoiaria a candidatura do petista Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, ao governo de Minas Gerais no ano que vem. No plano federal, estariam fechados com a presidente Dilma Rousseff (PT). Ao questionarem como a medida teria sido tomada, os parlamentares alegam que a resposta foi que os deputados federais e a Executiva Nacional decidiram.

“Como admitir decidirem um ano antes e caminharmos como vaquinhas de presépio pela reeleição da Dilma? Não vamos admitir que haja intervenção”, afirmou o secretário de estado de Gestão Metropolitana, deputado federal Alexandre Silveira. Ele e os deputados estaduais Gustavo Valadares, Fabiano Tolentino, Duarte Bechir, Neider Moreira, dr. Wilson Batista e Cássio Soares ameaçam sair da legenda caso os mineiros não tenham autonomia para decidir seu destino no pleito. Depois de o presidente Paulo Simão ter dito que o PSD está de portas abertas para que eles deixem o partido, o grupo reafirmou ontem a ameaça e colocou a conta de uma eventual debandada nas mãos de Gilberto Kassab.

Gustavo Valadares pediu aos filiados que fiquem vigilantes e lembrou a intervenção sofrida no ano passado. Na ocasião, os mineiros decidiram em convenção apoiar a reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB), mas Kassab interferiu, a pedido de Dilma, e mandou o partido apoiar o petista Patrus Ananias. O caso foi decidido na Justiça. O racha se repete. Do outro lado, com o presidente estadual Paulo Simão, estão os deputados estaduais Fábio Cherem e Hélio Gomes e os federais Geraldo Thadeu, Ademir Camilo, Diego Andrade e Walter Tosta. Marcos Montes estaria indeciso.

Ofício 

Por sugestão do secretário de Desenvolvimento Social, o deputado estadual Cássio Soares, o grupo vai encaminhar um ofício a Kassab, uma espécie de ultimato pedindo que o dirigente garanta que quem vai decidir os rumos do PSD mineiro no estado será o diretório estadual, mesmo comandado por um dilmista. Segundo dizem os insatisfeitos, qualquer que seja a decisão em convenção, eles vão cumprir. Aos filiados, Duarte Bechir afirmou que, com uma decisão imposta, o que querem do partido é o tempo de televisão. “Essa reunião é para mostrarmos que, em vez de simplesmente levantar em debandada, queremos ser ouvidos”, afirmou.

Alexandre Silveira, que é secretário-geral do partido no estado, também garantiu seguir a vontade da maioria da legenda. O secretário disse ter se reunido com Kassab depois da recente queda na aprovação de Dilma nas pesquisas de opinião, e no encontro entendeu que as articulações foram zeradas. Segundo diz, o presidente nacional estaria “reflexivo” sobre o apoio ou não a Dilma.

Apesar de, às claras, o discurso ser contra o autoritarismo no partido, a ala próxima do PSDB quer a legenda com uma eventual candidatura de Aécio Neves à Presidência e apoiar o nome que o Palácio da Liberdade lançar para a sucessão do governador Antonio Anastasia (PSDB). Se não conseguirem isso, devem migrar para outra legenda, que inicialmente seria o MD (que pode vir de uma fusão entre PPS e PMN).

Com ou sem fusão 

Em encontro realizado nesse fim de semana, o PMN mineiro rejeitou a fusão com o PPS – formando o Movimento Democrático (MD). A decisão será levada pelo presidente do PMN, Carlos Alberto Pereira, à reunião da Executiva Nacional da legenda, marcada para o próximo dia 28, em São Paulo. “Não temos força para impedir a fusão, que será tratada nacionalmente, mas há uma disposição em cada diretório estadual de se manifestar”, afirmou ontem Carlos Alberto. A fusão entre as duas legendas já foi realizada, mas ainda falta ser homologada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que só será feito depois do encontro deste mês.


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