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Estado de Minas

Pressionado, vereador Gêra Ornelas renuncia ao cargo

Parlamentar foi flagrado despachando de cuecas e acariciando uma mulher dentro de seu gabinete na Câmara Municipal de Belo Horizonte


postado em 01/12/2011 15:32 / atualizado em 01/12/2011 16:40

Vereador Gêra Ornelas, sem partido, renuncia ao cargo alegando pressão para sua cassação(foto: Euler Junior/EM/D.A Press - 24/10/2011 )
Vereador Gêra Ornelas, sem partido, renuncia ao cargo alegando pressão para sua cassação (foto: Euler Junior/EM/D.A Press - 24/10/2011 )

O vereador Geraldo Ornelas Guimarães, conhecido como Gêra Ornelas, sem partido, renunciou ao cargo de vereador na tarde desta quinta-feira. O vereador alegou que “não aguentou a pressão dos últimos dias”. O presidente da Câmara Muncipal de Belo Horizonte, vereador Léo Burguês, leu no plenário hoje uma carta escrita por Gêra Ornelas comunicando a decisão.

Com a voz abatida, o vereador disse que tem estado “muito angustiado”. Ainda segundo ele, o encaminhamento do processo seguia para que sua vaga de vereador fosse cassada. “Eles iam me tirar mesmo”, admitiu. Ele voltou a frisar que sua família tem sofrido muito com toda essa situação e que a decisão de renunciar foi tomada em conjunto. “Ultimamente só tenho dormido à base de remédios. Minha família toda tem sofrido muito”, lamentou.

Ainda segundo Gêra, outro fator que contribuiu para sua renúncia foi a falta de apoio de seu ex-partido, o PSB. A legenda abriu um processo de cassação de seu registro político. Porém, antes do resultado da verificação o próprio vereador pediu o cancelamento de sua filiação e deixou o PSB no dia 23 de novembro. Com a renúncia, Gêra Ornelas pretende encerrar de vez sua carreira política. “Eu quero é ficar longe disso aqui. Política nunca mais”, afirmou.

Na última segunda-feira, o corregedor da Câmara já havia pedido a cassação de Gêra Ornelas por quebra de decoro parlamentar. De acordo Edinho do Açougue (PT do B), a grande repercussão do caso provocou “alto prejuízo à instituição e a seus pares”. Segundo Edinho do Açougue, o prazo de 40 dias que ele teve para analisar todo o caso serviu para reunir dados suficientes para sustentar seu parecer. “Ele [Gêra Ornelas] estava usando o gabinete como uma extensão da casa dele”, disse.

Na sessão desta tarde seria votada em plenário a criação de uma Comissão Processante, escalada de analisar a indicação do corregedor. Com a renúncia, a sessão foi encerrada. Quem deve assumir a vaga deixada por Gêra Ornelas é Fábio Caldeira (PSB).

Denúncias

A permanência do parlamentar no cargo ficou ameaçada após a divulgação de imagens que mostram Gêra Ornelas em seu gabinente vestindo apenas cueca samba-canção, acariciando uma mulher dentro de seu gabinete. O vereador disse que estava sendo “vítima de um complô para atacar sua imagem pública”.

Posteriormente, ele admitu que filmou os vídeos e afirmou que estava arrependido. Segundo ele, as imagens revelam fatos ocorridos em 1997. O vereador disse que foi absolvido em 1ª instância, no ano 2000, em relação a crime de extorsão que envolveu um ex-funcionário do gabinete dele. Ornelas acrescentou que o processo corria em segredo de Justiça e que não sabe quem teria divulgado as filmagens na internet que depõem contra ele.

O vereador negou que estivesse de cueca e exibiu uma foto familiar onde estaria usando a mesma bermuda. Ele contou que instalou a câmera em seu gabinete porque estava desconfiando de alguns de seus funcionários. A intenção era surpreender a pessoa. Ainda segundo Gêra, o episódio aconteceu em um fim de semana que estava muito quente, e, por isso, ele tirou a camisa enquanto fazia a instalação do equipamento.


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