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Estado de Minas

Governo admite que não pode dar proteção a todos os ameaçados no campo

Secretaria de Direitos Humanos recebeu lista com o nome de 1855 ésspoas ameaçadas de morte


postado em 31/05/2011 18:53 / atualizado em 31/05/2011 19:32

Após uma série de assassinatos por conflitos agrários nas últimas semanas, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República recebeu, nesta terça, uma lista com o nome de 1.855 pessoas ameaçadas de morte no campo. O levantamento, que conta com ameaças feitas entre os anos de 2000 e 2010, foi feito pela Comissão Pastoral da Terra (CPT).

Durante a entrega do documento, a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, admitiu que o governo federal não tem estrutura para proteger todas as pessoas listadas pela CPT, mas afirmou que tentará mapear os casos mais urgentes. ''Seria ilusório dizermos que vamos proteger todas essas pessoas disponibilizando para cada uma o grupo de policiais necessários. Precisamos analisar cada caso e identificar os mais urgentes, mas quero deixar claro que a maior proteção a todos é o enfrentamento da impunidade, e essa é a prioridade do governo federal'', afirmou a ministra. O levantamento aponta que do total de pessoas citadas pela CPT, 207 foram ameaçados mais de uma vez; 42 foram assassinados e 37 foram vítimas da tentativa de morte. Nos últimos 26 anos, 1580 pessoas foram assassinadas no Brasil em decorrência de conflitos no campo. O relatório mostra ainda que a impunidade é alta quando se trata destes crimes. Dos 91 mandantes julgados, 21 foram condendos, mas apenas um foi preso: o responsável pela morte da missionária Dorothy Stang em 2005. Segundo Maria do Rosário, o governo federal quer atuar em parceria com os estados. ''Há responsabilidade por parte dos estados, uma vez que não estamos tratando de uma intervenção federal. Agora o que precisamos ter em mente é que cada morte registrada significa o enfraquecimento dessa luta pela terra'', disse. Entidade denuncia mais ameaças Segunda a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri), há mais quatro pessoas marcadas para morrer no Pará. A entidade denunciou, nesta terça-feira, que um sindicalista, um agricultor e dois vereadores da cidade de Nova Ipixuna estão sendo ameaçados por madeireiros e fazendeiros da região, a mesma onde morreram, na semana passada, um casal de ambientalistas e um agricultor. A polícia local recebeu ajuda da Polícia Federal, por ordem do Ministério da Justiça. Segundo a Fetagri, os quatro ameaçados de morte seriam o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nova Ipixuna Eduardo Rodrigues da Silva; o presidente da Associação do Assentamento Praialta/Piranheira, Osmar Cruz Lima, além dos vereadores do município, os petistas João Batista Delmondes e Valdemir de Jesus Ferreira. Eles entraram na relação por denunciarem grilagem de terras e extração ilegal de madeira. A polícia diz desconhecer as ameaças contra o quarteto e garante que nenhum dos citados pela Fetagri procurou a delegacia local para comunicar o fato. *Com agências


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