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Estado de Minas

Ranking mostra as empresas em Minas que mais devem ICMS


postado em 27/03/2011 07:33 / atualizado em 27/03/2011 07:42

Entre as empresas acusadas de montar esquema criminoso para fraudar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) em Minas, a Pêndulo Atacadista e Empreendimentos Ltda está no topo da lista suja por der dado um rombo de R$ 265 milhões nos cofres públicos do estado, fraudando o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). O cálculo, feito pela Advocacia-Geral do Estado (AGE), coloca a Pêndulo Atacadista em terceiro lugar do ranking de 1 mil empresas que mais devem ICMS em Minas Gerais, conforme listagem reservada, à qual o Estado de Minas teve acesso com exclusividade. A atacadista, especializada no ramo de cereais, ocupou dois amplos galpões da Central de Abastecimento S.A., em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, durante período indeterminado.

Segundo as investigações, mesmo ostentando o status de maior centro comercial do estado, a Ceasa é ainda um conhecido reduto de fraudadores de ICMS. Tanto que o Conselho Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira) do estado está planejando, para os próximos meses, uma grande ofensiva contra os comerciantes golpistas. No caso da Pêndulo, nem o Ministério Público Estadual (MPE) sabe ao certo quanto tempo a firma permaneceu funcionando. A única informação de que se tem notícia é que, enquanto esteve na ativa, a empresa atacadista montou um complexo esquema para burlar a fiscalização da Receita Estadual.

Com o auxílio de uma rede de laranjas, os verdadeiros donos da empresas conseguiram escapar do cerco da fiscalização. Ou seja, eles fizeram as negócios que quiseram fazer e, depois, simplesmente sumiram do mapa, deixando o prejuízo milionário. Como os donos nunca foram localizados, ficou impossível penhorar os bens dos fraudadores. Nesse caso, o prejuízo é dado como certo, o que contribui para aumentar ainda mais o buraco de R$ 8,4 bilhões em fraudes no ICMS, segundo estimativa da AGE.

No cadastro geral da Ceasa, a Pêndulo Atacadista é citada no rol das empresas inativas, conforme dados do sistema de gerenciamento operacional. Oficialmente, existe duas versões sobre o período de funcionamento da empresa. A primeira é que ela permaneceu ativa até 2005. A segunda que a firma funcionou até 2002.

Alegando que somente pode fornecer informações de ex-associados mediante determinação da Justiça, a Ceasa optou pelo silêncio no caso da Pêndulo. Entre os comerciantes, porém, muita gente se recorda do período em que a atacadista estava na ativa. O comentário geral é que se tratava de empresa bastante sólida, especializada no comércio de produtos agrícolas e seus derivados, em especial, feijão, arroz e fubá. “Eles eram fortes demais”, contou um atacadista, que preferiu o anonimato. “Até máquina de ensacar cereal eles tinham”, declarou outra fonte.

No pavilhão 9, localizado na Rua Mateus Leme, onde funcionava a Pêndulo Atacadista e Empreendimentos, os novos inquilinos garantiram não ter qualquer informação que possa levar ao paradeiro dos verdadeiros donos da empresa. Há quem diga, no entanto, que a firma voltou a atuar na Ceasa, desta vez, com razão social e nome de fantasia diferentes.


DE OLHO NA MÁFIA DO ICMS

Confira as operações e o valor da sonegação em cada caso

R$ 3 milhões
Operação Cacique
Contrabando de mercadorias do Paraguai

R$ 40 milhões
Operação Caça Fantasma
Empresários do ramo de cosméticos, bebidas, alimentos e material de construção abriram firmas de fachada para driblar o fisco

R$ 4 milhões
Operação Bossa Nova
Sonegação fiscal em distribuidora clandestina de refrigerantes, em Governador Valadares

R$ 25 milhões
Operação Zebu
Esquema de fraude tributária em Ituiutaba, no Triângulo, com participação de estabelecimentos industriais e comerciais, além de escritórios de advocacia e contabilidade

R$ 7 milhões
Operação Pau Oco
Mirou o comércio irregular de artes e obras sacras, em antiquários e residências

R$ 106 milhões
Operação Camaleão
Desarticulou uma quadrilha especializada em fraudes no segmento de siderurgia e transporte

R$ 400 milhões
Operação Celeiro
Combateu sonegação da chamada Máfia dos Grãos

R$ 6,4 milhões
Operação 40
Esquema de fraude em licitações para distribuição de medicamentos.

R$ 300 milhões
Operação Tonel
Fraude em distribuição de combustível no Espírito Santo e Minas Gerais

R$ 183 milhões
Operação Pharmacon
Combateu sonegação no setor farmacêutico

R$ 23 milhões
Operação S.O.S Cerrado
Desarticulou ramificação da Máfia do Carvão

R$ 150 milhões
Operação Octopus
Contra esquema clandestino de abastecimento de combustível

R$ 20,8 milhões
Operação Tornado
Comércio ilegal de álcool em Uberlândia, no Triângulo

R$ 30 milhões
Operação Tiradentes
Investigou fraude tributária em 16 postos de gasolina na Zona da Mata

R$ 70 milhões
Operação Mercurius
Investigou fraude tributária em planos de saúde

Fonte: Ministério Público do Estado (MPE) de Minas Gerais


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