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Estado de Minas

Com decisão do STF, deputado Pinduca pode voltar à Assembleia


postado em 24/03/2011 07:15

Conhecido em Betim (Região Metropolitana de Belo Horizonte) por emprestar ambulâncias, patrocinar cursos de computação e distribuir carne de segunda, verduras e legumes de seu sacolão para a população carente, Pedro Ivo Ferreira Caminhas, de 59 anos, foi cassado em 2010 pela Justiça Eleitoral por compra de votos e abuso de poder econômico. Em fevereiro de 2008, na tentativa de angariar a simpatia dos eleitores para um de seus filhos que tentava vaga na Câmara Municipal de Betim, Pinduca resolveu fazer uma festança nas ruas dos bairros de periferia da cidade. As comemorações, que duraram três dias, foram regadas a churrasco, bebida, música ao vivo, pipoca e brindes para a população. O motivo do regabofe era comemorar os 56 anos do então deputado estadual. O detalhe era que Pinduca só fazia aniversário sete meses depois.

A festa era, na verdade, uma desculpa para a prática assistencialista, marca de seu mandato desde que Pinduca começou a carreira como vereador, em 1992, e chegou a vice-prefeito de Betim na primeira gestão de Carlaile Pedrosa (PSDB), hoje deputado federal. Por causa dessa festa antecipada de aniversário, foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) e teve sua candidatura a mais um mandato na Assembleia Legislativa vedada nas eleições passadas. Apesar disso, conseguiu uma liminar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que seu nome constasse nas urnas da disputa do ano passado e obteve 61,3 mil votos. Votação até expressiva para quem sempre teve uma atuação apagada no parlamento mineiro. Mas não chegou a ser empossado por causa da Lei Ficha Limpa.

Suplente nas eleições de 1998, Pinduca chegou à Assembleia Legislativa em 2001 para ocupar a vaga de Ronaldo Canabrava, eleito prefeito de Sete Lagoas. Nesses nove anos de parlamento apresentou apenas 19 projetos de lei. Somente três deles, que davam título de filantropia para entidades assistenciais de Betim, viraram lei. Todos os outros foram rejeitados pelas comissões ou retirados de tramitação pelo próprio autor. Um desses projetos criava o Programa de Aproveitamento de Produtos Alimentícios não Comercializados. O projeto era uma tentativa de regulamentar a distribuição para a população carente de restos e sobras, prática que sempre marcou a carreira de Pinduca. Proposta bastante reveladora do perfil do agora “ficha-limpa” Pinduca Ferreira.


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