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Editora mineira Autêntica investe nos contemporâneos hispânicos

Com curadoria de Ana Elisa Ribeiro, selo de literatura contemporânea prevê o lançamento de 11 títulos em 2021


11/02/2022 04:00 - atualizado 11/02/2022 00:51

 Ana Elisa Ribeiro
Ana Elisa Ribeiro ressalta que a Argentina fomenta a tradução de autores e autoras portenhos para outros idiomas por meio do programa Sur (foto: Sérgio Karam / divulgação)
Ao completar 25 anos, a editora mineira Autêntica decidiu investir em um selo de literatura contemporânea, com olhar especialmente voltado para os países hispânicos. "Os latino-americanos estão muito em alta no Brasil. Não dá por não passar por essa geração, que está se destacando em vários países da América Latina, e com trânsito muito grande no mundo todo", avalia a editora, escritora e pesquisadora Ana Elisa Ribeiro, responsável pela curadoria do selo.  

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O selo Autêntica Contemporânea também vai trazer reedições importantes de nomes europeus e publicar ficções inéditas de brasileiros. "Esse era um sonho antigo da Rejane Dias, a CEO do grupo. Faço edição e curadoria no selo junto com a Rafaela Lamas (gerente de projetos especiais)", revela Ana Elisa.

Estão previstos para este ano os lançamentos de 11 títulos, entre latino-americanos (Equador, México, Uruguai, Brasil) - e europeus (França, Itália).  Os três primeiros chegam às livrarias em março: "Planícies", do argentino Federico Falco, traduzido por Sérgio Karam; "Mandíbula", da romancista e contista Mónica Ojeda, equatoriana que vive na Espanha, com tradução de Silvia Massimini Felix; e uma nova edição de "Esperando Bojangles", do francês Olivier Bourdeaut, com tradução de Rosa Freire D'Aguiar.


Para Ana Elisa, a atual onda de tradução de autores latino-americanos é impulsionada por questões sociais, econômicas, e, sobretudo, pela implementação de políticas públicas. A Argentina, como destaca Ana, fomenta a tradução de autores e autoras portenhos para outros idiomas por meio do programa Sur. "Os argentinos têm sido mais agressivos na exportação da cultura deles. A embaixada vem atrás da gente para dizer que tem bons autores", revela. 

Com diversas experiências em curadoria editorial - coordena coleção de poesia pela Peirópolis; livros acadêmicos pela Moinhos e outros títulos para a Gulliver Editora -, Ana Elisa mantém conversas frequentes com colegas de outros países para fazer a curadoria. "Tem que ser um investimento bem calculado, bem planejado. Depois, temos que contratar bons tradutores", lembra. Ela aposta que os leitores brasileiros vão se interessar pelos lançamentos da Autêntica Contemporânea: "Tem uma demanda, um pessoal atento querendo ler e descobrir esses autores, queremos chegar nas pessoas que ainda não conhecem e podem se interessar". (MMC)


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