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Estado de Minas CAPOEIRA

Arte marcial para defesa pessoal


postado em 21/03/2020 04:00



Santelmo Xavier Filho
Belo Horizonte 

"Li nos jornais que um capoeirista espancou e deixou em estado gravíssimo a sua companheira no Bairro Tupi, em Belo Horizonte, bem como comentários de pessoas que assistiram ao entrevero, afirmando que o agressor já veio preparado para matar. Ocorre, porém, que a capoeira é um esporte que prepara os praticantes para a defesa pessoal e não para atacar gratuitamente os seus semelhantes. Esse esporte é praticado em mais de 150 países, na atualidade, e não temos tido informações de que tenha sido utilizado para agressões gratuitas. As academias ou associações que têm seus mestres bem preparados para a divulgação dessa arte marcial procuram treinar, mentalmente, os seus alunos para que a utilizem apenas em caso de defesa própria. Treinei diversos alunos em São Paulo, Ouro Preto e em Belo Horizonte. Informo que os melhores capoeiristas deste país, como Manuel dos Reis Machado (Mestre Bimba) e Vicente Ferreira (Pastinha), jamais levaram a óbito quaisquer de seus oponentes, nem tampouco isso ocorreu com os seus melhores alunos. Fui contramestre da Academia K-poeira, em plena Rua Augusta, na década de 70, onde pratiquei com todos os mestres fundadores da Federação Paulista de Capoeira e com os três melhores alunos de Bimba – Airton Neves Moura (Onça ou Brabo), Ubirajara Guimarães Almeida (Acordeon) e Edvaldo Carneiro e Silva (Camisa Roxa). Fundei uma academia em Ouro Preto, filiada à FMB, então dirigida por Antal Schober, e divulgamos nossa arte em ambiente preparado para dar aos alunos condições de higiene física e mental. Quando tínhamos alguma desconfiança comportamental, solicitávamos um atestado de antecedentes criminais aos interessados na prática. Ressalto que de nossa associação, além de mim, saíram diplomados atletas como Gladson Oliveira (USP), Sérgio Médici de Eston (USP), Marilton Moura, campeão brasileiro, entre outros expoentes que prestaram relevantes serviços ao esporte, arte e luta. Não nos esqueçamos de que tratamos de um patrimônio imaterial da humanidade reconhecido pela Unesco, que também foi reconhecido por Getúlio Vargas já em 1953 como o legítimo esporte nacional e liberado para o treino em recintos fechados em 1937."

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