Gege Angelini
Belo Horizonte
“As redes sociais pululam de comentários sinceros sobre a visita do condenado ao Vaticano. A Igreja Católica vinha numa boa escalada de credibilidade, com a governança do espetacular e saudoso papa João Paulo II, o maior, mais digno, mais correto, mais santo de todos que passaram e passarão pelo menor país do mundo. Sua presença marcante trazia paz, confiança, fazia-nos ver a Igreja com outros olhos e nos motivava a procurar Deus. Tanto que foi beatificado e tornou-se santo, com todo merecimento. E eu, em particular, assim como milhões de pessoas em todo o mundo, o cultuamos com todo o respeito. Todavia, após os últimos dois pontificados, o que notamos, claramente, é que uma enorme gama de católicos se coloca em linha de confronto com o status quo face aos fatos que se alardeiam, ferindo nossos princípios. O atual papa colocou todos os católicos de bem numa situação constrangedora quando o vemos, como autoridade máxima, receber, de braços abertos, um condenado pela Justiça brasileira. Ato falho? Falha na análise dos fatos? Assessoria nula? Confronto direto com
o atual governo brasileiro? Ou, então, foi fiel às suas raízes? Mas uma verdade é clara: esse episódio já está custando caro ao Vaticano. Que saudades de São João Paulo II...”