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Estado de Minas editorial

Outubro Rosa, um esforço permanente

Diagnóstico precoce mostra que é um fator essencial para as mulheres partirem para o tratamento e aumentar as chances de vitória contra o câncer de mama


18/10/2023 04:00
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O Outubro Rosa é lembrado desde os anos 1990 como iniciativa para destacar a necessidade de prevenção contra o câncer de mama. O esforço tem sua razão de ser: o câncer de mama é o tipo mais comum que acomete as mulheres. Estima-se que os tumores malignos de mama corresponderão a 20% dos novos casos identificados. Para este ano, no Brasil, são esperados mais de 73 mil novos registros da doença. Um elemento chave nessa equação, portanto, é a prevenção. A realização de exames preventivos periódicos constitui estratégia fundamental para evitar mortes ou garantir a melhor qualidade de vida possível para as mulheres que passarão por tratamento. 

A pandemia de COVID-19 complicou drasticamente esse cenário. As restrições sanitárias impostas pelo novo coronavírus e a pressão sobre os serviços de saúde foram fatores relevantes para uma redução significativa dos exames. Segundo estimativas oficiais, em 2020, mais de 1,7 milhão de mamografias deixaram de ser realizadas no Brasil, em comparação com o ano anterior, segundo dados do DataSUS. Essa situação torna-se mais dramática para as brasileiras que dependem do Sistema Único de Saúde. 

Sem condições de procurar a rede privada, essas mulheres são obrigadas a se submeter a uma situação angustiante: esperar. E é sabido que o tempo é um fator crucial para a prevenção e o tratamento de câncer. A literatura médica estima que, em pacientes submetidas regularmente a mamografia, a probabilidade de detectar uma neoplasia maligna em estágio inicial aumenta em até 30%. Em português claro. Quando se fala de câncer, tempo é vida. Um dia já faz muita diferença. 

Nesse contexto, é importante ressaltar que vigora no país uma legislação que busca tornar mais ágil o atendimento a mulheres com câncer. Em primeiro lugar, tem-se a Lei 12.732/2012, que determina o prazo máximo de 60 dias para o início do tratamento contra o câncer no SUS, após o diagnóstico. Em 2019, outra norma ampliou as obrigações do Estado: a Lei 13.896/2019 impõe o prazo máximo de 30 dias para a realização de exames de diagnóstico de câncer no SUS. Pela quantidade de mamografias represadas no SUS, percebe-se como o poder público precisa envidar todo esforço possível para reduzir essa fila dramática e oferecer à população brasileira um atendimento digno. 

A iniciativa do Outubro Rosa não se limita apenas à delicada questão dos exames preventivos. Desde 2018, há um importante esforço para reforçar campanhas de conscientização. Um ponto importante é desmistificar a ideia de que o câncer é uma sentença de morte. O diagnóstico precoce mostra, de forma incontestável, que é um fator essencial para as mulheres partirem para o tratamento e aumentar as chances de vitória contra a doença. Nesse sentido, é de se louvar o engajamento crescente de entidades, públicas ou privadas, nessa causa. 

Esse esforço para abordar um tema difícil, marcado pelo sofrimento e ainda muito carente de informação para o grande público, explica o tema da campanha deste ano do Outubro Rosa. Com o slogan “Câncer de mama: vamos falar sobre isso?”, o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) espera aumentar a conscientização e a prevenção. O esforço pode ser individual, inclusive: médicos afirmam que hábitos saudáveis, como controlar o peso corporal, praticar atividade física regular e evitar o consumo de álcool ajudam a reduzir os riscos de ocorrência do câncer de mama. À luta, pois.


O diagnóstico precoce mostra, de forma incontestável, que é um fator essencial para as mulheres partirem para o tratamento e aumentar as chances de vitória contra o câncer de mama 


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