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Estado de Minas editorial

Pela segurança no transporte público

A separação de vagões exclusivos para mulheres é uma alternativa desrespeitada na maioria dos centros urbanos


10/10/2023 04:00
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Há poucos dias, um trocador de ônibus foi morto, com tiros à queima roupa, por latrocidas simplesmente porque não ouviu a ordem do marginal para que passasse o dinheiro que estava no caixa. O crime ocorreu na capital da República, diante de dezenas de passageiros, que ficaram em pânico e atônitos com a inominável violência. Os criminosos foram presos, mas a insegurança não cessa aí. 
 
Além de superlotação, condições e número de veículos disponíveis para a prestação do serviço, questões como furtos e assédio também vêm à tona. São outras expressões de violência por falta de segurança nos terminais e dentro dos veículos. Trabalhadores, estudantes, idosos compõem a maioria dos usuários do transporte coletivo, um segmento da sociedade com pouca renda.
 
As mulheres também são vítimas, cotidianamente, do assédio sexual no transporte público, seja ônibus, metrô ou carro por aplicativo. Medida que surte resultados, em Belo Horizonte, os ônibus são equipados com "botão do assédio", dispositivo que pode ser acionado pelo motorista do veículo após denúncia. 
 
Já a separação de vagões exclusivos para mulheres é uma alternativa desrespeitada na maioria dos centros urbanos. E isso ocorre não só pelo elevado número de usuários, mas, sobretudo, pela falta de educação, respeito e machismo dos homens, pródigos em desrespeitar as mais básicas regras de civilidade. Por parte das empresas, falta fiscalização, a fim de conter os abusos no interior dos trens. 
 
As administradoras de aplicativos, provavelmente, não fazem uma seleção rigorosa do comportamento pregresso dos motoristas. Ainda que tomem providências contra os agressores de passageiros, são medidas que chegam com atraso. Os danos aos usuários poderiam ser evitados se critérios rigorosos de seleção fossem práticas regulares. 
 
O público LGBTQIAP, além de ser suscetível às diferentes formas de violência, é alvo também da homofobia.  As agressões não são físicas ou patrimoniais. Esse segmento sofre com as agressões verbais  e intimidações. Desrespeitados, eles são vistos como parcela de não humanos por uma sociedade eivada de preconceitos. Os deficientes físicos formam outro grupo  da população que enfrenta dificuldades de mobilidade. Tratam-se de questões antigas que precisam ser resolvidas pelas empresas e o poder público. Soluções que assegurem qualidade ao serviço prestado à sociedade. 


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